Em Portugal, os motoristas fizeram filas de veículos em postos de gasolina durante o fim de semana.
Foi uma corrida para abastecer o tanque antes do aumento semanal nos preços dos combustíveis, programado para esta segunda-feira, 7.
Com o aumento de € 0,85 na gasolina, o preço por litro chega a € 1,88 (R$ 10,36). É a décima semana seguida de reajustes em Portugal.
Desta vez, foram apontados por especialistas do setor como os “maiores de sempre”. Apenas em 2012 os preços estiveram tão altos.
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Ao apresentar um pacote de medidas de apoio do governo para tentar amenizar o impacto no bolso da população, o ministro das Finanças, João Leão, ressaltou o efeito da invasão da Ucrânia pela Rússia no preço final.
“A invasão agravou muito significativamente os preços da energia e, em particular, dos combustíveis. A atual escalada de preços é uma consequência desta guerra”, disse Leão, na última sexta-feira 5, em coletiva.
A invasão da Ucrânia elevou o preço do barril de Brent, referência no mercado europeu. Há o receio de a oferta ser reduzida depois de uma possível interrupção na exportação do petróleo russo.
Apesar de o conflito influenciar a cotação do barril e o preço final, os consumidores portugueses também pagam caro devido ao peso dos impostos sobre os combustíveis.
O governo arrecada até € 0,66 (gasolina) por litro com o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). E cobra 23% de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos informam que é de 57% a carga fiscal no preço médio, acima dos 53% da União Europeia.
Melhor adaptar os veículos portugueses para consumir vinho bem mais barato ecológico.