Um estudo identificou 16 novas variantes genéticas em pessoas que desenvolveram casos graves de covid-19. Isso vai ajudar os pesquisadores a desenvolver tratamentos para os pacientes.
Os cientistas publicaram os resultados na segunda-feira 7, na revista especializada Nature.
Os resultados sugerem que as pessoas com covid grave têm genes que as predispõem a um de dois problemas: falha em limitar a capacidade do vírus de fazer cópias de si mesmo ou inflamação excessiva e coagulação do sangue.
Os cientistas disseram que suas descobertas poderão ajudar a priorizar os prováveis tratamentos que podem funcionar contra a doença. Com o tempo, as informações podem até auxiliar a prever quais pacientes tendem a ficar gravemente doentes.
“É possível que no futuro possamos fazer previsões sobre pacientes com base em seu genoma no ponto de apresentação para cuidados intensivos”, disse Kenneth Baillie, consultor em medicina da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e um dos autores do estudo.
A análise genética de quase 56 mil amostras de pessoas na Grã-Bretanha mostrou diferenças em 23 genes de pacientes com covid-19 que ficaram gravemente doentes, quando comparados com o DNA de outros grupos de participantes do estudo, incluindo 16 diferenças que não haviam sido identificadas anteriormente.
E por que os genes de algumas pessoas falham em limitar a replicação do vírus? Seria defeito de fabricação ou vulnerabilidade causada por algumas doenças que infectaram essas pessoas na infância ou adolescência?