Diversos países da Europa decidiram expulsar diplomatas e funcionários russos na terça-feira 5, em resposta ao massacre de centenas de civis na cidade ucraniana de Bucha.
Desde o começo da semana, quase 200 diplomatas foram expulsos no continente europeu. Na maioria das vezes, as justificativas tinham a ver com suposta espionagem ou “razões de segurança nacional”.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, informou que 15 funcionários da Inteligência russa devem deixar o país dentro de duas semanas.
A Itália expulsou 30 diplomatas, disse o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio. Os anúncios seguiram movimentos semelhantes na Alemanha e na França, que informaram a expulsão de dezenas de russos com status diplomático.
Também ontem, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que “pelo menos 25 pessoas” que trabalham na embaixada russa em Madri serão expulsas. Portugal, por sua vez, anunciou a expulsão de dez diplomatas, que devem deixar o país dentro de duas semanas, por terem “posto em perigo a segurança nacional”.
A Romênia, que faz fronteira com a Ucrânia, foi outro país europeu a expulsar dez diplomatas russos, que, segundo o Ministério das Relações Exteriores em Bucareste, violaram a Convenção de Viena de 1961 sobre relações diplomáticas.
A Eslovênia seguiu o mesmo caminho e expulsou 33 diplomatas russos, reduzindo o número de representantes da embaixada russa no país.
A Estônia e a Letônia, duas ex-repúblicas soviéticas, foram além e decidiram fechar representações diplomáticas russas até o final deste mês.
A Lituânia já havia expulsado seu embaixador russo na segunda-feira, devido ao “horrível massacre” em Bucha e às atrocidades em outras cidades ucranianas.
A União Europeia declarou indesejáveis 19 diplomatas russos na Bélgica, acusando-os de atividades incompatíveis com o seu estatuto diplomático e alegando, também, que responde a relatos de atrocidades cometidas por soldados russos em áreas temporariamente ocupadas na Ucrânia.
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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que as expulsões em massa de seus diplomatas são “um movimento míope”. “Restringir as oportunidades de comunicação diplomática em um ambiente de crise tão difícil e sem precedentes é um movimento míope que complicará ainda mais nossa comunicação, que é necessária para encontrar uma solução”, declarou Peskov.
Leia também: “Devagar, malfeito e complicado”, reportagem publicada na edição 102 da Revista Oeste
Simples, para de comprar coisas da Russia, e tb n vender, isolando morre por si só…!!
A voz oficial da Rússia é leviana. Tem sido desde a revolução de 1917. Mas eles sabem, assim como o ocidente, o que seria uma 3ª guerra mundial. O ocidente estava quieto, mas os russos provocaram. Agora o porta voz do Kremlin vem com a mesma leviandade.
Ocidente quieto e os russos provocaram? Nada mais equivocado.
Se quiser saber a realidade, explico.
Sério q vcs nem cogitam q foi um ataque de bandeira falsa? Parece q esqueceram q na Ucrânia ainda existe batalhoes neonazistas e os laboratórios biológicos patrocinados pelos USA e q o progressismo torpe ocidental tá dominando por lá. Reclamam do progressismo, mas quando vem alguém de peso pra confrontar vcs ficam de mimimi.
Opinião de petista.
Não é opinião de petista. É observação de uma pessoa mais informada, provavelmente conservadora.
Os batalhões Azov existem mesmo é acredita-se que sejam financiados pelo demônio Soros, assim como outros grupos radicais, inclusive aqueles que fizeram o euromaidan em 2014 para desestabilizar o governo pró Rússia, que depois de décadas, conseguiram se entender, mas forçando a renúncia do presidente ucraniano da época.
Aliás, é notório que a Rússia está garantindo os corredores humanitários.
Concordo com o Nélio. Para mim, são grupos Azov aterrorizando a população e culpando os russos.
Apenas uma ressalva ao comentário do Nélio: nunca use o termo “progressismo”, pois não existe progresso na esquerda. O correto é dizer “regressismo”. Não podemos cair na armadilha de atribuir à esquerda uma virtude que nunca lhes pertenceu.