O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri retornou aos holofotes na semana passada. Durante o lançamento de seu livro de memórias Primer Tiempo (Primeiro Tempo, em tradução livre), o liberal teceu críticas ao governo de esquerda de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. “O kirchnerismo é uma expressão final do populismo na Argentina. Lamento não ter encontrado o caminho para evitar esse retrocesso, mas estou convencido de que vamos superar tudo isso em 2023. A Argentina vai entrar em um caminho de crescimento racional e responsável”, declarou Macri, no Centro de Convenções de Buenos Aires, na quinta-feira 18.
Entre outros pontos, ele fez autocrítica de sua gestão. “Aprendemos com os erros e não voltaremos a cometê-los”, prometeu. “A atual crise sob um governo peronista representa um aprendizado para a sociedade argentina”, acrescentou o líder. Ao comentar o fracasso econômico de seu governo, causa fundamental da derrota para Fernández, Macri reconhece que houve equívocos. Mas conclui que não deve ser severo consigo, porque não era possível fazer mais com a ruína que Cristina lhe legou. “Quando assumimos, a Argentina estava em quebra assintomática”, observou, ao sinalizar uma candidatura em 2023, que seria o “segundo tempo”.
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