Holanda não vai se ajoelhar em protesto contra racismo na Eurocopa
Georginio Wijnaldum, capitão da seleção da Holanda, disse que os jogadores de sua equipe não vão se ajoelhar em forma de protesto contra o racismo antes do início das partidas da Eurocopa, que começou ontem, sexta-feira 11.
“Não nos ajoelharemos para protestar contra o racismo”, afirmou Wijnaldum. “Primeiro, porque nunca protestamos dessa maneira. Segundo, porque já fazemos muita coisa contra isso. Não digo que é o suficiente, mas não nos ajoelharemos.
A Holanda estreará no torneio de seleções amanhã, domingo 13, contra a Ucrânia. A partida está marcada para as 16 horas.
Rússia não se ajoelhou
Se os holandeses prometeram não se ajoelhar, a Rússia já o fez. Neste sábado, 12, a seleção comandada por Stanislav Cherchesov se negou a participar do protesto contra o racismo. Os russos enfrentaram a Bélgica.
A origem do protesto
O gesto de se ajoelhar, a fim de promover protestos contra o racismo, foi inspirado no jogador de futebol norte-americano Colin Kaepernick, que, em 2016, se negou a ficar de pé durante a execução do hino dos Estados Unidos em um jogo da National Football League. A ação pretendia chamar a atenção para a suposta violência policial contra a população negra. Em 2019, o gesto foi adotado pelos jogadores de futebol do Campeonato Inglês.
Na Eurocopa, até o momento, Inglaterra, Escócia e Bélgica informaram que continuarão participando do protesto contra o racismo. Croácia, Hungria, Holanda e Rússia, por sua vez, seguirão caminho oposto.
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