Homem é retirado de lista de transplante de coração por não estar vacinado

Paciente precisa desesperadamente do órgão, diz pai

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DJ Ferguson está internado em Boston | Foto: Acervo/Família
DJ Ferguson está internado em Boston | Foto: Acervo/Família

DJ Ferguson, de 31 anos, foi removido da lista de transplante de coração em um hospital de Boston porque se recusa a tomar a vacina contra a covid-19. É o que garantiu a família dele à emissora CBS Boston, na segunda-feira 24.

Apesar de estar em primeiro lugar para receber o órgão, Ferguson deixou de ser elegível, devido a seu “status de imunização”. Em estado grave, o paciente está internado no Brigham and Women’s Hospital.

O pai de Ferguson disse que o filho precisa “desesperadamente” do coração. “Ele não acredita na vacina, porque vai contra seus princípios”, disse. “Como ele não vai tomar a vacina, o hospital o tirou da lista de transplante de coração.”

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Centro de ensino de Harvard, o Brigham and Women’s Hospital informou ao canal que sua política de exigir que os destinatários sejam vacinados está alinhada com muitos outros programas de transplante nos EUA:

“Trata-se de uma das várias vacinas e comportamentos de estilo de vida necessários para candidatos a transplante (…) a fim de criar a melhor chance de uma operação bem-sucedida e também a sobrevivência do paciente.”

A família de Ferguson considera transferi-lo para outro hospital, que não tenha a política de vacinação. Contudo, os parentes temem que o homem esteja fraco demais para ser transferido.

Leia também: “O tabu sobre as vacinas”, reportagem publicada na Edição 96 da Revista Oeste

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20 comentários Ver comentários

  1. Que tremendo absurdo!

    Esses “gênios” esquecem q uma das piadinhas pode causar miocardite???

    Desconhecem a decisão da Suprema Corte Americana contra a obrigatoriedade?

  2. Meu Deus. A humanidade chegou a esse ponto?! Exigir de alguém que está com coração tão precário que precisa de um transplante que tome vacinas experimentais que podem matá-lo antes?

  3. Sou vacinado com duas doeses e estou com o reforço em discussão. Sou contra a exigência de vacina contra Covid-19 na grande maioria dos casos em que ela tem sido exigida, por serem exigências inócuas e com forte motivação ideológica, mas acho que posso tentar explicar o que ocorre no caso do Sr Ferguson.

    Um órgão doado é algo muito precioso. Ele precisa ser realmente útil para alguém. Com esse objetivo, são elaborados critérios para, ao mesmo tempo, selecionar o receptor que tenha maior probabilidade de se beneficiar por muito tempo do órgão doado, e diminuir a probabilidade de alguém morrer na fila enquanto espera.

    Há 15 anos conheci uma doutoranda que fazia estudos em “pesquisa operacional” para organizar a fila para transplante de um órgão (não lembro qual) que cumprisse esse objetivo. A seleção do receptor passaria a ser impessoal, feita por um software especialmente elaborado com esse fim. Não é fácil, para um ser humano, escolher quem vai viver e quem vai morrer. Daí a motivação de deixar esse trabalho para um frio programa de computador que, se projetado corretamente, garantiria o máximo de sobrevivência entre as pessoas que necessitam de transplante. Não soube da conclusão desse estudo, mas isso me mostrou como essas escolhas e decisões são difíceis.

    O hospital, no caso da matéria, deve ter métodos de elaboração da fila de receptores baseados em critérios bem consolidados na comunidade médica afim, além de imposições legais. O texto cita essa conformidade.

    Hoje é reconhecido que a vacina aumenta a probabilidade de sobrevivência de pessoas com comorbidade (grupos de risco), que é o caso de um transplantado cardíaco, renal, etc., quando essas pessoas são infectadas pelo coronavírus. Como estamos no meio de uma pandemia causada por esse vírus, a vacinação prévia passa a ser um item importantíssimo no cálculo da probabilidade de sobrevivência do receptor.

    Lembrando: espera-se que cerca de 80% da população mundial seja infectada com o coronavírus, antes que a imunidade de rebanho interrompa a propagação do vírus. Ou seja, o Sr Ferguson, assim como todo mundo, tem 80% de chance de pegar Covid-19 em alguns poucos anos. No grupo de comorbidade a que ele pertence, a taxa de sobrevivência ao vírus é baixa. Resultado: o coração que ele receber sem estar vacinado, tem grande probabilidade de ser inutilizado em poucos anos, devido à Covid-19. Outra pessoa vacinada teria maior probabilidade de fazer uso por mais tempo do coração de um doador.

    Acho que, a partir dessas ideias, fica mais fácil entender a mudança de posição do Sr Ferguson da fila, embora seja, realmente, muito difícil de aceitar.

  4. Que doideira!!! Faça o teste e pronto! Arriscando a vida de um ser humano por ideologia, ou, por outra coisa que algum dia saberemos… O mal fazendo escola….

  5. Quem será o responsável pela possível morte dele? O hospital que sacha que pode decidir quem vive e quem morre. Isso é inaceitável.

  6. Essa porcaria toda só serviu para revelar a pior doença humana: a estupidez. Contra essa, eu acredito, sim, que o melhor tratamento é o isolamento (deles, é claro).

  7. O ser humano é capaz de muitas coisas ruins, como desejar a morte de outros por ideologia politica, mas condenar uma pessoa a morte pela mesma ideologia, aí já passa da conta

  8. Inacreditável mesmo. Seita maldita essa da vacina. Decidem que vive ou morre com algo q nada tem a ver com o grau de gravidade na saúde que este cidadão tem.

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