O governo de Israel fez uma publicação na qual sugere que a organização terrorista Hamas forja mortes no conflito iniciado em 7 de outubro. Israel publicou em seu perfil no Twitter/X um vídeo no qual um corpo recolhido pelo governo de Gaza, controlado pelo Hamas, aparece supostamente mexendo a cabeça.
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A imagem foi transmitida pela CNN internacional. No chão estão dispostos alguns corpos. Perto de um deles, uma mulher mostra desespero. Um homem chega e começa a mexer no lençol. Nesse momento, parece haver um movimento da cabeça da pessoa enrolada no lençol.
Ao compartilhar o vídeo, o governo de Israel escreveu: “Lembrete: Ministério da Saúde de Gaza = Hamas. Os corpos não conseguem mover a cabeça.”
Presidente dos EUA levantou suspeita sobre número de mortes em Gaza
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, levantou suspeita sobre o número de mortes de palestinos informado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Biden manifestou desconfiança depois de uma explosão no Hospital Al Ahli, em Gaza, em 17 de outubro. Prontamente, o Ministério da Saúde de Gaza disse que foram mais de 500 mortos e culpou Israel pelo “massacre”.
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Em seguida, quando Israel divulgou vídeo no qual mostrava que a explosão foi no estacionamento do hospital e que a unidade de saúde estava intacta, Gaza reduziu o número para 471.
Autoridades de inteligência dos EUA estimaram o número de mortes naquele incidente entre 100 e 300 pessoas. Porém, os indícios até agora mostram que o “massacre” foi causado por um aliado do Hamas, o grupo terrorista Jihad Islâmica, que pretendia atacar Israel, mas o foguete falhou.
Ministério da Saúde de Gaza faz contagem oficial de mortos
A contagem de mortos em Gaza é feita pelo governo local e não há uma forma de checagem independente dos números divulgados: nem pelos EUA nem por ONGs ou por agências das Nações Unidas (ONU).
Segundo a última divulgação de Gaza, 7,7 mil pessoas morreram, incluindo 1,8 mil mulheres e 3,2 mil crianças. O porcentual de homens adultos mortos — 35% — é muito inferior ao de conflitos anteriores, como na guerra de 50 dias entre Israel e o Hamas, em 2014, quando a taxa de homens adultos mortos foi de 62%.
+ Número de vítimas em Gaza ainda é uma incógnita
No sábado 28, em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal, o coordenador do Conselho de Segurança Nacional para comunicações estratégicas, John Kirby, disse que os números do Hamas não são confiáveis. “Eles simplesmente não são confiáveis. Eu recomendaria francamente que você não escolhesse números divulgados por uma organização dirigida por terroristas”, declarou.
Leia também: O Hamas não quer a paz, reportagem de Dagomir Marquezi, publicada na Edição 188 da Revista Oeste.
o sujeito que acredita nas versões de terrorista cruéis, acredita em qualquer coisa