Manifestações criticam postura do governo em relação à covid-19
Ao menos duas cidades da Itália foram palco de protestos na sexta-feira, 30. Realizados em Bolonha e Florença, no norte do país, os atos criticaram as mais recentes medidas restritivas impostas pelo governo, que fala em nova força-tarefa para combater a disseminação do coronavírus.
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A manifestação em Bolonha contou com a participação de mais de 500 pessoas, informou a agência de notícias Ansa. Na cidade, o grupo teceu críticas ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, a outras autoridades e até a jornalistas. Com novas regras de isolamento social, os manifestantes reclamaram da falta de “liberdade e dignidade”. De acordo com o noticiário local, não houve registros de vandalismo e o ato ocorreu de forma pacífica.
Em Florença, no entanto, a situação foi diferente. O protesto não foi devidamente autorizado pelas partes responsáveis e acabou em confronto entre manifestantes e policiais. Há registros de que objetos foram arremessados contra a polícia, de garrafas de vidro a cestos de lixo. Não houve divulgação de feridos em meio à situação.
Restrições
Os protestos ocorrem na semana em que o governo da Itália impôs mais regras de isolamento social em meio a registros de novos casos de covid-19 no país. Em vigor desde segunda-feira, 26, e com perspectiva de ser válida até 24 de novembro, a estratégia governamental foi chamada de semi-lockdown.
O conjunto de medidas impõe, por exemplo, o fechamento de academias, cinemas, piscinas e teatros. Além disso, o país passou a conviver com toque de recolher noturno, com estabelecimentos como bares, confeitarias, sorveterias e restaurantes sendo obrigados a fechar as portas às 18h em dias úteis.