O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou nesta segunda-feira, 11, que o Brasil não vai permitir o uso de seu território para que a Venezuela realize uma invasão à Guiana.
De acordo com ele, sem uma passagem por Roraima, a única forma das forças do ditador Nicolás Maduro é chegarem pelo mar.
“Eles só chegarão à Guiana passando, se passassem, por território brasileiro. E nós não vamos permitir em hipótese nenhuma”, disse.
Para Monteiro, os discursos de Maduro sobre a anexação de parte do território da Guiana não passa de uma manobra política. O ministro não acredita que o ditador venezuelano levará o conflito adiante.
“Se fosse perto das eleições eu me preocuparia muito. Mas ele não vai conseguir passar um ano tentando, adiando o governo”, comentou.
Monteiro ressaltou que o governo vai garantir a integridade do território brasileiro e que o país não vai se envolver em um possível conflito.
O ministro acredita que a questão será resolvida pela diplomacia.
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Reunião entre Venezuela e Guiana
Nesta segunda-feira, 11, Maduro confirmou que vai se reunir na quinta-feira 14 com o presidente da Guiana, Irfaan Ali. Eles vão discutir a crise na região de Essequibo. O encontro será na ilha de São Vicente e Granadinas, no Caribe.
Ali declarou à TV Globo que não abre mão de nenhuma parte do território reivindicado pela Venezuela.
Ele pretende enfatizar que qualquer contestação sobre a soberania do território deve ser apresentada ao Tribunal Internacional de Haia. A corte é instância da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por resolver disputas entre países.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado para reunião, mas não vai ao encontro. Ele vai enviar o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.
A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a Comunidade do Caribe (Caricom) vão mediar a reunião entre os dois líderes.
Quem confia na palavra de ministro do lula é tão idiota quanto o próprio.
Acho difícil Maduro não ter contactado o seu amigo de nove dedos antes de tal empreitada.
É aí que mora o perigo…