Partidos de oposição e lideranças da sociedade civil convocaram manifestações contra o presidente da Bolívia, Luis Arce, e pediram a libertação imediata da ex-líder interina do país, Jeanine Áñez, detida desde março e acusada de crimes como sedição, terrorismo e genocídio.
O Comitê Cívico de Santa Cruz (CCSC), uma organização formada por políticos e empresários, programou um grande ato para o próximo domingo, dia 10 de outubro. Também foi convocada uma greve nacional para segunda-feira 11.
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Entre os apoiadores do movimento, estão os ex-presidentes conservadores Carlos Mesa (2003-2005) e Jorge Quiroga (2001-2022), além do governador de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, e de representantes do empresariado nacional.
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O grupo exige que o governo de Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), “cesse a perseguição político-judicial no caso do falso golpe de Estado e liberte os presos políticos”.
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Como noticiamos, durante uma audiência judicial realizada por videoconferência na semana passada, Áñez relatou que tem sofrido uma série de abusos e intimidações na prisão. A ex-presidente interina também disse que foi diagnosticada com anorexia nervosa e que seu estado de saúde é cada vez mais delicado.
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As autoridades do país acusam a ex-chefe do governo boliviano de ter promovido um golpe de Estado para afastar do poder o líder cocaleiro Evo Morales, que renunciou ao cargo em novembro de 2019. Áñez foi alvo de um mandado judicial que determinava sua prisão preventiva, que vem sendo prorrogada indefinidamente.
Reportagem especial: “Bolívia: revanche da esquerda tem prisões políticas e perseguição a opositores”
Acusa-la de terrorismo, genocídio… Prisão preventiva prorrogada indefinidamente… Qualquer semelhança com certos políticos e ministros do STF do Brasil não é mera coincidência, mas sim o modus operandi dessa corja!