O presidente da BBC, Richard Sharp, renunciou ao cargo, depois de vir a público um empréstimo secreto de £ 800 mil que ele intermediou ao então primeiro-ministro britânico Boris Johnson. A informação foi publicada nesta sexta-feira, 28, pelo jornal inglês The Guardian.
O problema do empréstimo, equivalente a R$ 4,4 milhões na cotação atual, é que Sharp não informou sua ligação com Johnson, quebrando a regra britânica sobre nomeações públicas (a BBC é uma empresa de mídia estatal do Reino Unido).
Apesar da investigação, a nomeação de Sharp na BBC não foi invalidada
Segundo a investigação do comissário de nomeações públicas do Reino Unido, a omissão de Sharp criou um “potencial conflito de interesses”.
No passado, Sharp esteve à frente dos grupos Goldman Sachs e JP Morgan, mas alegou não ter se envolvido diretamente na transação.
Em sua defesa, ele disse que apenas apresentou o empresário canadense Sam Blyth, responsável pelo empréstimo a Johnson, a uma autoridade governamental.
A investigação realmente não encontrou evidências de um envolvimento direto de Sharp nas finanças pessoais do ex-ministro do Reino Unido.
Assim, não houve irregularidade direta na nomeação, e assim, ela não foi invalidada pelo governo britânico.
Boris Johnson aprovou pessoalmente a nomeação de Sharp
Mesmo assim, Sharp resolveu renunciar, porque concluiu que sua permanência no cargo seria insustentável. A renúncia vem em um momento em que a BBC é criticada por ter se aproximado do governo.
A investigação descobriu que, enquanto primeiro-ministro, Johnson aprovou pessoalmente a nomeação de Sharp como presidente da BBC.
Além disso, os responsáveis por dirigir o processo de recrutamento “supostamente independente” para o cargo já haviam sido informados de que Sharp era o único candidato que o governo apoiaria.
Lá como cá petistas há.
Falou que tem estatal tem corrupção, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo.