O conselheiro especial Jack Smith conseguiu, na Justiça norte-americana, ter acesso à conta de Donald Trump no Twitter. A busca é a primeira feita diretamente por promotores nas comunicações do ex-presidente de que se tem notícia e dá a dimensão do esforço na investigação que levou o republicano a ser indiciado pela suposta tentativa de reverter o resultado da última eleição.
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A ordem foi emitida em janeiro por um juiz federal de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, e determinava que o mandado ficasse em sigilo para evitar que Trump fosse avisado e pudesse apagar eventuais provas.
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O Twitter, que já pertencia a Elon Musk na época, argumentou que essa parte da decisão seria uma violação da Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão nos Estados Unidos, e foi multado em US$ 350 mil pela resistência. O caso foi revelado na quarta-feira 9, depois que um tribunal de apelações confirmou a multa da rede social.
Twitter e investigações contra Trump
A decisão contra o Twitter indica o temor dos promotores de que as investigações fossem “seriamente prejudicadas” se Trump soubesse do mandado porque teria a “oportunidade de destruir evidências e mudar padrões de comportamento”. A decisão, no entanto, não deixa claro o que exatamente os investigadores estavam procurando com o acesso à conta.
Donald Trump usou o Twitter para afirmar que as eleições teriam sido “roubadas”. Depois do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, a própria rede social derrubou a conta do ex-presidente, que ficou bloqueada por quase dois anos até que o Twitter — agora chamado X — reabilitou perfis banidos já sob o comando de Elon Musk.
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A equipe liderada pelo promotor Jack Smith é a mesma que investiga o caso dos documentos secretos encontrados na mansão do ex-presidente em Mar-a-Lago, na Flórida. O promotor que indiciou Trump duas vezes tem sido alvo preferencial do republicano, que alega ser vítima de “perseguição”.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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