A China General Nuclear Power Group (CGN) informou o fechamento para “manutenção” da central nuclear EPR de Taishan, localizada em território chinês. No mês passado, a empresa francesa Framatome relatou um “inconveniente de funcionamento” no local. O episódio ocorreu depois que a CNN noticiou a possibilidade de vazamento de radioatividade.
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Em comunicado, a CGN afirma que, “depois de conversas entre as equipes técnicas francesa e chinesa”, houve a decisão da paralisação.
Em funcionamento desde 2018, a usina de Taishan registrou a primeira operação de um reator nuclear EPR de última geração no mundo. Projetos similares, com uso de água pressurizada, têm sofrido atrasos em países europeus como Reino Unido, França e Finlândia.
O problema da China, como de toda ditadura, é a falta de transparência. Num mundo globalizado, essa falta de transparência acaba atingindo a todos, como aconteceu com a atual pandemia de coronavírus. Não se espantem se, no futuro, ficarmos sabendo que algumas dezenas de técnicos foram contaminados, vários morreram, um reator incendiou (ou explodiu), e a radioatividade já deu voltas no planeta com as correntes oceânicas ou atmosféricas. E então seremos informados que estamos nos alimentando com produtos agrícolas com concentrações letais de isótopos radioativos, que a população de determinada cidade vai morrer de câncer pelos efeitos da poeira radioativa, etc. etc. etc. Lembram de Chernobil? Há um padrão.