De acordo com pesquisadores, a medicação poderia agir inibindo a entrada do vírus nas células
O efeito antiviral da clorpromazina está sendo testado por pesquisadores do grupo hospitalar universitário Paris Psiquiatria e Neurociências, na França, de acordo com um comunicado publicado na última segunda-feira, 4. O medicamento é utilizado há décadas no tratamento de esquizofrenia e de doença bipolar.
O estudo inédito, chamado reCovery, está sendo feito em parceria com o instituto francês Pasteur. De acordo com o comunicado divulgado pelo hospital, os pacientes tratados com o fármaco apresentaram poucos sintomas graves da covid-19, mesmo tendo fatores de risco como obesidade ou doenças cardiovasculares.
A clorpromazina poderia agir inibindo a entrada do vírus nas células. A ação se mostra eficaz em estágios precoces e mais avançados da infecção.
Segundo o hospital, o mesmo fenômeno foi constatado em hospitais em outros países como China, Itália e Espanha.
O uso do medicamento é uma “pista interessante que precisa ser confirmada no homem”, explicou a psiquiatra Marion Praze. O remédio é o primeiro antipsicótico da história médica e também é usado em anestesia e obstetrícia. A psiquiatra coordena o estudo para testar no homem as propriedades antivirais da substância.
“Conhecíamos várias pesquisas elaboradas desde os anos 80 sobre as propriedades antivirais de diversos tratamentos utilizados em psiquiatria”, explicou a especialista.
“Mergulhamos na literatura e descobrimos três artigos publicados em 2014 e 2018. Eles mostram que um antipsicótico, a clorpromazina, já havia demonstrado sua eficácia no combate a outros tipos de coronavírus, como nas epidemias de 2002 e 2012”, declarou Marion.
A psiquiatra e sua equipe procuraram então o instituto Pasteur para iniciar o estudo, e os resultados mostraram que a clorpromazina era eficaz contra a covid-19. Os testes foram feitos em células de animais e humanas, o que é inédito.
A próxima etapa agora é testar o remédio em 40 pacientes e depois validar os resultados em um número maior de pessoas, de acordo com a Rádio França Internacional.
Segundo a psiquiatra, a clorpromazina poderia ser administrada durante algumas semanas aos pacientes hospitalizados para diminuir os sintomas graves da doença.
Teoria interessante. Talvez já descobriram que esse vírus chinês seja psicopata e com esse antipsicótico o faça ficar menos agressivo. Meu Deus! Onde iremos parar…