O deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) comentou o fato de ter sido expulso da sessão, desta terça-feira, 26, da CPMI do 8 de Janeiro pelo presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA).
“Estamos há cinco oitivas dessa CPMI, que pode terminar em pizza”, disse Brunini. “Quem transforma a presidência do Maia em circo é o ministro da Justiça, Flávio Dino. Comigo, ele [Maia] é tigrão, mas, com o Dino, ele é [sic] thuthuca. É muito fácil ele querer se posicionar como fortão com um deputado da direita, que não é tão conhecido.”
Apesar de não ser membro da CPMI, Brunini marca presença na maioria das sessões do colegiado. Hoje, em especial, ele estava como suplente.
Na ocasião, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que se autodenomina uma mulher transexual, fazia questionamentos ao general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, que depõe ao colegiado hoje.
A jornalistas, Maia classificou a atuação de Brunini na CPMI como “papel de palhaço”. “Tem gente que quer se promover às custas do bate-boca e da irritação”, destacou. “Esse é um comportamento que é próprio de pessoas se elegem com esse propósito, mas isso não vai impedir o andamento dos trabalhos.”
Em resposta, o deputado relembrou a ação de Dino em relação às câmeras do Palácio da Justiça, que foram solicitadas pela CPMI, mas não chegaram por completo.
“O Dino ridicularizou ele, fez palhaçada, falou que não ia mandar as imagens, jogou para o Supremo Tribunal Federal (STF), fez o Maia ir atrás do STF. O Dino colocou a bancada do Maranhão para defendê-lo”, continuou Brunini.
Ao ser expulso da sala da comissão, Brunini ainda demorou cerca de 30 minutos para sair do local. Inicialmente, ele iria permanecer na comissão, mas se fizesse isso, parlamentares da oposição ficariam ser fazer as inquirições, pois Maia não retomaria os trabalhos com o deputado dentro do local.