A ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, deve entregar o cargo ao presidente Lula, nesta quinta-feira, 6. Espera-se um encontro entre Daniela e o petista, às 15 horas, no Palácio do Planalto.
Na reunião, ela dará uma carta ao chefe do Executivo, como parte da liturgia de pedidos de demissão.
O marido da ministra esteve ontem com o secretário de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos) divulgou uma nota segundo a qual ele e Padilha “selaram a paz e o fim das lamentações, ao menos por enquanto”.
Segundo Waguinho, a conversa foi “muito boa” e com compromissos assumidos de muitos benefícios para os municípios do Estado do Rio de Janeiro, em especial para Belford Roxo.
Daniela do Waguinho e as milícias
Daniela virou alvo de pressão depois da publicação de uma foto em que aparece ao lado do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, apontado como chefe da milícia acusada de vários assassinatos em Belford Roxo. Jura está preso na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói (RJ), condenado a 26 anos de prisão por homicídio e associação criminosa. Ele atuou diretamente na campanha da ministra em 2018, quando ela concorreu a uma vaga na Câmara de Deputados, pelo MDB. No ano passado, como estava na prisão, ele atuou por meio da mulher, Giane Prudêncio. Daniela do Waguinho foi a deputada federal mais votada no Estado.
Bastou um miliciano ser reconhecido, chegou-se a um exército. Oeste descobriu que o grupo é formado por cerca de 50 homens, entre militares e civis, que andam armados e dominam a cidade.
Com a prisão de Jura, quem assumiu a milícia foi o PM Fábio Sperendio de Oliveira. Até dezembro, ele era funcionário na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro no gabinete do deputado Marcelo Canella (União Brasil). Mas a real função era como segurança da ministra e do marido dela.
Sai PTralha entra PTralha não muda nada.