A campanha eleitoral nas ruas começa oficialmente nesta terça-feira, 16. A largada ocorre um dia depois do prazo final para registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre os presidenciáveis, a Polícia Federal (PF) terá um esquema inédito de segurança. O plano especial para proteger os candidatos deve custar R$ 57 milhões. Mais de 300 policiais federais vão atuar diretamente na segurança dos candidatos ao planalto.
“Foi uma preparação muito cuidadosa que ocorre há alguns meses, com treinamento e capacitação continuados”, disse o delegado Thiago Marcantônio Ferreira, coordenador de Proteção à Pessoa da PF, em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan.
A princípio, cada candidato terá uma equipe de até 30 policiais, mas esse número poderá aumentar dependendo da análise de risco.
“Cada um conta com uma equipe dedicada. Para a definição nós criamos uma metodologia que dá um nível de classificação de segurança para disponibilizar uma classe de equipe para os candidatos”, disse Ferreira.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) está fora deste esquema. A segurança dele é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional e continuará assim durante a campanha. O número de policiais envolvidos é sigiloso.
“Nós adotamos uma série de medidas para identificar eventuais ameaças contra os presidenciáveis e podermos atuar para neutralizá-las”, declarou o delegado.
A preocupação da PF com os candidatos é, principalmente, com a campanha nas ruas, fora de um “ambiente controlado”.
“Em um contexto eleitoral, evidente que o candidato tem maior exposição e contato com o público”, observou Ferreira. “Para que a gente fizesse uma campanha com segurança, nós treinamos nosso pessoal para dar uma resposta e garantir a proteção.”
Desde 22 de julho, os agentes deslocados para a segurança dos candidatos já estão acompanhando os presidenciáveis. “Não cabe, enquanto instituição, determinar se o candidato vai ou não fazer campanha em determinado local”, observou o delegado.
“O que a gente faz é estabelecer um diálogo com o staff da campanha”. Ele ainda esclareceu que a depender da situação, os agentes podem desaconselhar a participação em determinado evento, “em razão de algum indício identificado”.