Roberto Jefferson diz que TSE deu golpe em sua candidatura à Presidência

Roberto Jefferson (PTB), candidato à Presidência da República, disse ser vítima de “mais um” golpe aplicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A acusação ocorre em razão da determinação da Corte para suspender o tempo do político no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão.

O relato aparece em uma carta escrita por Jefferson na terça-feira 30. É o segundo revés que o tribunal impõe ao político. Na semana passada, a Corte proibiu o candidato à Presidência de usar recursos do fundo eleitoral.

“Ontem recebi mais um duro golpe à minha candidatura à Presidência da República”, escreveu. “Após cassarem meu acesso ao financiamento de campanha, cassaram meu tempo de TV.”

Conforme Oeste noticiou, a decisão do TSE atende a um pedido do Ministério Público Eleitoral. “Há de se compreender que a propaganda eleitoral gratuita tem, sim, custos, justamente por isso as emissoras de rádio e televisão têm direito a compensações fiscais pela cessão dos horários, constatação que induz à inevitável conclusão de que as propagandas eleitorais no rádio e na televisão são um modelo de financiamento público, justamente o que se buscou obstar pela decisão que proferi e que agora é objeto do pleito de extensão”, argumentou o juiz da Corte, ao mencionar a decisão anterior do fundão.

Em agosto de 2021, Jefferson foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O ato ocorreu no âmbito do inquérito inconstitucional que apura a existência de supostas milícias digitais na internet. Atualmente, ele se encontra em prisão domiciliar. Em julho, o político lançou a candidatura à Presidência.

Leia a íntegra da carta de Roberto Jefferson

Povo brasileiro, meus amigos e minhas amigas do glorioso PTB. Ontem recebi mais um duro golpe à minha candidatura à Presidência da República. Após cassarem meu acesso ao financiamento de campanha, cassaram meu tempo de TV. O fazem como se já não bastasse terem cassado minha liberdade, há mais de um ano, quando eu denunciava a ação tirânica, sem precedentes na história brasileira, daquela que deveria ser a mais alta corte da Justiça.

Fui preso sem crime, sem condenação. Prisão que foi contestada pela Procuradoria-Geral da República, que emitiu nota dizendo ter sido contrária à prisão por entender que esta “representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal”. Eu denunciava a marcha sobre nossas leis, sobre a Constituição. Para me calarem, me prenderam.

Preso, me impediram de falar, direito que deram ao condenado por corrupção Lula, que agora encontra-se ‘descondenado’, mas não absolvido, pelos terríveis crimes que cometeu contra a nação. Sem crime contra mim, me impuseram uma tornozeleira eletrônica. Por temerem o que tenho a dizer e questionar, impõem o cárcere às minhas palavras, me impedindo de dirigir-me aos cidadãos do nosso país.

O caricato Xandão agora trabalha em dupla com um advogado lobista, ministro temporário da mais corrupta corte do país, o TSE. Na posse de Xandão na presidência dessa grotesca e imoral corte, Lulalau deu tapinhas na fuça de Xandão, como se acariciasse o seu cachorro de estimação. Eis o despacho do ministro Horbach, que visa calar minha voz:

“Nesse sentido, presente a probabilidade do direito, aliada ao perigo de dano, sobretudo porque em curso o período de propaganda eleitoral gratuita, é o caso de acolhimento do pleito formulado. Ante o exposto, defiro o pedido de extensão formulado pelo Ministério Público para, tal qual requerido, obstar que o impugnado efetue propaganda eleitoral gratuita até ulterior deliberação…” Assim vem agindo a milícia judicial, que se adonou do poder, afrontando o nosso povo soberano, escarnecendo da lei e da ordem.

“O estado sou eu”, assim late o cachorro de Lulalau, chefete da malta da capa preta que assaltou o poder no Brasil. Mas não é hora de conformação. Nós lutamos por valores a nós legados por Jesus, nossa cultura judaico-cristã, nosso modo de vida, nossas tradições. Haveremos de erguer a Cruz de Cristo no topo do mundo, para que a humanidade reverencie o nosso Salvador. Seguirei minha campanha, pois não me conformei durante o governo Lula quando denunciei o Mensalão, sobretudo porque sabia que meus atos impediriam que o mais sinistro projeto de poder da história brasileira pudesse se instalar definitivamente.

Não me conformei quando denunciei o golpe que se formava na câmara dos deputados e no senado, que visava derrubar do poder o presidente Bolsonaro. Seguirei em minha tarefa com entusiasmo e fé, pois sei que a mim se juntam milhões de brasileiros, inconformados com o atual curso das coisas. A estes, conclamo: unamos nossas forças e caminhemos juntos, pois a vitória do povo brasileiro é tudo que nos interessa.

Deus é nossa rocha e fortaleza.
Jesus é a nossa força e vitória.
Roberto Jefferson
Um preso político