A sexta-feira 1º de março parecia mais um dia comum no gabinete do vereador paulistano Rubinho Nunes (MDB). Até que um homem de meia-idade bateu à porta da sala, apresentou-se como ex-usuário de drogas e revelou os traumas da época em que andava pelas ruas da Mooca, na zona leste da capital paulista. Uma das histórias tem como protagonista o padre Júlio Lancellotti.
O homem, cuja identidade está sob sigilo, conheceu o padre em julho de 2008. À época, Júlio Lancellotti era um dos líderes da organização não governamental (ONG) Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar), que ajuda moradores de rua e dependentes químicos.
Em uma das visitas à Bompar, durante a manhã, o ex-usuário de drogas teria recebido do padre uma oferta de R$ 300 em troca de favores sexuais. Sob efeito de crack, o homem aceitou a oferta.
Ato contínuo, Júlio Lancellotti orientou que o homem fosse até a casa paroquial ao lado da Igreja São Miguel Arcanjo, por volta das 16 horas, quando o local já estaria sem a presença dos funcionários. O dinheiro foi entregue ao ex-usuário logo depois do ato.
Abusos do padre Júlio Lancellotti ocorriam semanalmente
A cena se repetiu semanalmente, durante dois anos. O ex-usuário disse que nunca chantageou o padre Júlio Lancellotti porque sempre recebeu dinheiro em troca dos favores sexuais.
O homem alega que o pároco se relacionava frequentemente com dependentes químicos do sexo masculino. Isso era sabido pelos usuários de drogas que vagueavam pela região. Júlio Lancellotti conhecia os alvos enquanto prestava serviços às ONGs.
Assim como ocorreu com o ex-usuário que relatou seus traumas ao vereador Rubinho Nunes, os abusos contra dependentes químicos ocorriam na maioria das vezes na casa paroquial.
O homem disse que a preferência do padre Júlio Lancellotti era sempre por jovens, de no máximo de 20 anos. Um desses exemplos é o “G”, conhecido usuário de drogas da Mooca que prestava favores sexuais ao padre. Na época, “G” era menor de idade. Ele decidiu parar de ter relações com o pároco tempos depois e passou a chantageá-lo, sob ameaça de tornar público o relacionamento.
Favores sexuais e chantagem
Esse tipo de conduta era comum na região, segundo o ex-usuário de drogas. Alguns dependentes químicos mantinham relações sexuais com o padre, mas depois desistiam e passavam a chantageá-lo.
O homem que fez esse relato assinou termos de responsabilidade e apresentou os detalhes do abuso à Cúria Metropolitana de São Paulo, nesta segunda-feira, 4. Assim como outras testemunhas do caso, que preferem manter sua identidade em sigilo, o ex-usuário de drogas não terá seu nome divulgado. As autoridades competentes sabem seu nome, sua idade, seus documentos e sua história.
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Oeste apurou que pelo menos três cidadãos depuseram à Arquidiocese de São Paulo. A instituição religiosa mantém a investigação sob sigilo e não passa informações sobre o número total de testemunhas.
Entenda o caso
Em 20 de janeiro deste ano, Oeste publicou com exclusividade uma reportagem sobre o padre Júlio Lancellotti. O texto informou que os peritos Reginaldo e Jacqueline Tirotti atestaram a veracidade do vídeo que mostra o pároco se masturbando para um menor de idade. As cenas são de 2019.
No mesmo dia, Reginaldo e Jacqueline divulgaram o laudo completo. Ao longo de 81 páginas, a dupla analisou o estado de conservação dos arquivos, observou os frames dos filmes, realizou os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais), inspecionou os áudios e, ao fim, comprovou sua integridade.
Ao serem interpelados, os peritos reafirmaram a veracidade do vídeo e se colocaram à disposição das autoridades. “Contratem um profissional da polícia e vejam se há algo errado”, disseram aos reticentes.
Nova perícia ratifica análise de 2020
Em 21 de janeiro, Oeste informou que a perícia de Reginaldo e Jacqueline ratificam a análise do perito Onias Tavares de Aguiar, realizada em 2020. A reportagem trouxe à superfície o fato de Reginaldo já ter sido contratado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela Veja em outras ocasiões.
As denúncias movimentaram os bastidores da política. Em virtude da gravidade do caso, a Arquidiocese de São Paulo decidiu receber a denúncia contra Júlio Lancellotti.
Em 22 de janeiro, o vídeo e a perícia chegaram ao Ministério Público, à CNBB e ao Vaticano. Ainda não há informações sobre o andamento da denúncia nesses três órgãos.
Três dias depois, a reportagem trouxe a informação de que o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, trabalha para blindar Júlio Lancellotti.
Ex-coroinha disse ter sido assediado sexualmente por Júlio Lancellotti
Em 30 de janeiro, Oeste entrevistou com exclusividade o jornalista Cristiano Gomes, de 48 anos. Ele disse que foi alvo de assédio sexual do pároco em 1987, quando tinha 11 anos. A cena teria ocorrido na Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, bairro da zona leste de São Paulo. Na época, o jovem era coroinha.
Já em 3 de fevereiro, a reportagem informou que o perito Mario Gazziro, contratado pela revista Fórum para analisar as cenas pornográficas, mudou sua versão sobre o caso. A nova conclusão descarta a validade da perícia anterior, que via indícios de deepfake na gravação.
A versão atualizada do documento trabalha com a seguinte teoria: criminosos teriam contratado um sósia do padre, construído um estúdio idêntico à sua residência e gravado as cenas. “Diminuíram ao máximo a exposição do impostor no vídeo, para evitar quaisquer aspectos que possibilitassem identificar a fraude de forma simples”, justificou Gazziro.
No mesmo dia, Oeste disponibilizou aos leitores a perícia completa do perito da Fórum. A mudança na conclusão da análise motivou o vereador Rubinho Nunes (União-SP) a acionar o Ministério Público para acusar Gazziro de falsidade ideológica. Agora, o parlamentar aguarda a análise da denúncia.
Nesta terça-feira, 5, os líderes partidários da Câmara Municipal de São Paulo decidiram dar sequência no processo de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Cracolândia.
Ele da a marmita…e come….grande FDP!!!!
Desde 2007 há denúncias. Houve o caso Pajero, etc… São 17 anos ! DEZESSETE! Que vergonha esse indivíduo continuar em atividade como religioso.. Será que no catolicismo inexiste hierarquia, investigação, punição?
É padre é padre.
Tem aquela máxima:
Você conhece a do padre?
Não!
Então levanta a batina dele.
É, muita, inocência acreditar que o voto de castidade atrofia o desejo sexual que é inerente a todo e qualquer ser humano.
Entendam uma coisa povo… PEDÓFILOS não Condenam outros PEDÓFILOS … são PARÇAS! São PREDADORES com carinhas de anjo…de bom velhinhos! É uma instituição notoriamente PEDÓFILO …. vão arquivar ou inventar alguma ignomínia para absolver e colocar a culpa nas vítimas CNBB é papa coroinha … sempre foram e agora são papa nóias… e com dinheiro público .
Eu como não sou advogado criminalista e não conheço como se dão esses tipos de relacionamentos, gostaria de perguntar uma coisa: No caso da “vítima” estar sob efeito de drogas, e que fosse estuprada nessas condições, não se poderia se enquadrar no caso de estupro de vulnerável e com o agravante dessa “vítima” ser também um menor de 18 anos?
O Interessante é que não se houve nada na mídia militante!!! Eles têm métodos!!!
Eles usam a “formação tartaruga”, antigo método de defesa dos romanos. Eles dispunham os escudos bem juntos uns dos outros e formavam um teto blindado. Os “cumpanheiro” se protegem mutuamente, é tipo uma Associação de Defesa da Bagaceirada.
No início eu dei um voto de confiança ao padre Lança Lottes, mas……..quando vi a rapaziada que o cumprimentou, que o apoiou, aí a casa caiu: Imoraes, Boulos Fecal, o presidente Malígno et caterva, aí já é caso de culpa sacramentada (sem trocadilho), não há margem de dúvidas. E, ironia das ironias, muita gente julgava o Lança um padre seminal. Quem diria!
Agora podemos entender porque ele tanto apoiou os cracudos. Isso explica porque ele é esquerdista, apoia Lula e Flávio Dino.
Esquerdista DEPRAVADO.
Agora entendemos porque esse padre é esquerdista – é um militante exemplar da esquerda – com todos os defeitos inerentes aos militantes da esquerda