O governo brasileiro parabenizou o povo do Equador e o vencedor da disputa presidencial, Daniel Noboa. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores destacou a realização do segundo turno equatoriano em um “ambiente de harmonia e congraçamento democrático”. Vale ressaltar que, em agosto, o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado.
“O governo brasileiro faz votos de pleno êxito ao presidente eleito no desempenho de seu futuro mandato”, destacou o comunicado. “Expressa também a disposição de buscar o aprofundamento contínuo da relação bilateral, em prol do desenvolvimento das duas sociedades e de toda a região sul-americana.”
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também parabenizou o presidente eleito no Equador por meio de uma publicação na rede social Twitter/X. “Expresso minha disposição de seguir trabalhando pelo bem-estar dos nossos povos, tradicionalmente amigos.”
Meus parabéns para @DanielNoboaOk pela vitória nas eleições presidenciais do Equador. Meus desejos de saúde e sucesso no seu futuro mandato. Expresso minha disposição de seguir trabalhando pelo bem-estar dos nossos povos, tradicionalmente amigos, de aprofundar as relações…
— Lula (@LulaOficial) October 16, 2023
Noboa, um representante de centro-direita, tem 35 anos e saiu vitorioso na disputa do segundo turno, com 52% dos votos válidos. No segundo turno, ele superou Luisa González, candidata de esquerda, que obteve 48% dos votos.
“Hoje encerramos o capítulo da campanha e amanhã começaremos a trabalhar pelo novo Equador”, comemorou o vencedor.
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Noboa vai substituir Guillermo Lasso, que se aliou a deputados de esquerda para obter governabilidade. Mesmo assim, Lasso foi alvo de dois processos de impeachment. Para evitar perder o cargo, dissolveu o Parlamento e convocou estas eleições antecipadas, organizadas às pressas. Com isso, Noboa terá um mandato de apenas um ano e meio, até 2025. Ele deve assumir na primeira semana de dezembro.
Candidato foi assassinado durante a campanha eleitoral no Equador
A redução da criminalidade e a geração de empregos foram os principais temas da campanha entre os presidenciáveis.
Os suspeitos de terem matado Villavicencio, sete colombianos, foram mortos na prisão, o que aumentou a tensão no país. No entanto, ainda não se sabe quem mandou matar o presidenciável.
Nos últimos anos, o narcotráfico dominou o Equador, antes considerado seguro. A taxa de homicídios triplicou.
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Com esses problemas em vista, Noboa prometeu abrir “prisões-barco” para isolar os criminosos mais perigosos e criar um centro de inteligência para prevenir crimes. Ele também falou, durante a campanha, na criação de empregos e vagas universitárias para os jovens. Na economia, o presidente eleito diz que vai proteger a dolarização, facilitar o crédito para pequenas e médias empresas, dar incentivos fiscais e atrair investimentos estrangeiros.
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