Durante uma agenda na terça-feira, 8, Guilherme Boulos (Psol) agradeceu ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), pelo apoio no segundo turno à prefeitura da capital. No entanto, o deputado federal já disparou uma série de ataques ao ex-tucano e disse que não o elogiaria “nem amarrado”.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Em 2022, quando já se desenhava a chapa Lula-Alckmin, Boulos disse que o ex-governador não agregaria votos em uma chapa presidencial liderada por Luiz Inácio Lula da Silva. “Não consigo enxergar como o Alckmin agrega em termos de voto”, afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles. “Você acha mesmo que um conservador de São Paulo vai votar no Lula por causa do Alckmin vice? Não vai.”
Dois meses depois, Boulos foi provocado pelo podcast Meteoro Brasil a elogiar Geraldo Alckmin. Ele se negou a tecer elogios ao recém-aliado: “Nem amarrado”.
Hoje aliados, Boulos já se negou a elogiar Alckmin: "Nem amarrado" pic.twitter.com/X7QIANSnNS
— Revista Oeste (@revistaoeste) October 11, 2024
Guilherme Boulos e Geraldo Alckmin trocaram acusações
Em 2018, quando ambos foram candidatos à Presidência da República, Alckmin foi chamado por Boulos de “Sergio Cabral que não está preso” durante um debate do SBT, em 26 de setembro daquele ano. A frase se referia ao ex-governador carioca, preso sob suspeita de comandar um esquema de fraude de licitações com cobranças de propina.
Em algumas ocasiões durante aquelas eleições, Guilherme Boulos ironizou Geraldo Alckmin ao se referir a ele como “Santo”. O termo, segundo delatores da Odebrecht durante as investigações da Operação Lava Jato, era o apelido usado para se referir a Alckmin nas negociações de propina. “Apesar de te chamarem assim, você não é nenhum santo”, disse.
Boulos também costumava citar outros casos de investigações de suspeita de corrupção do governo Alckmin. “Sabemos que não só a questão da merenda, é o escândalo do ‘trensalão’, é o escândalo do Rodoanel, é o escândalo do Metrô.”
No mesmo debate, Boulos provocou o então tucano sobre a máfia da merenda, esquema que envolvia fraude de licitações e superfaturamento da merenda escolar da rede estadual de ensino. Alckmin rebateu o ativista ao dizer: “Sempre trabalhei, não sou desocupado, não invadi propriedades”.
O governo Alckmin foi muito atacado por Boulos, que chegou a ser detido pela Polícia Militar comandada pelo ex-tucano durante a reintegração de posse da Ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos, em janeiro de 2012. Em entrevista ao Metrópoles, o psolista chamou a política adotada pelo então governador de “neoliberal”, “sem participação popular” e que “retira direitos” da população.
Apesar das críticas passadas, a campanha de Guilherme Boulos vê como importante o apoio de Geraldo Alckmin ao psolista. Para os assessores do deputado, a imagem moderada de Alckmin pode contribuir para suavizar a fama de “invasor” e “radical”, que manteve a rejeição a Boulos alta na capital paulista.
Leia mais:
Leia também: “O Brasil diz não ao PT”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 238 da Revista Oeste
Simplesmente os dois não têm vergonha e há muito caíram na vida no pior sentido do termo. O Bolules é um bandido invasor de propriedades alheias, o Alckmin ajudou o Lula a ” voltar à cena do crime “. As pessoas só dão o que têm, caráter, especialmente.
Comparando, é como uma batedeira numa fossa septica