A reflexão surge em meio aos protestos que ocorreram no último domingo, 15, e reuniram manifestantes em 200 cidades
“Não é o ‘fascismo’ que está sabotando o Congresso, nem a direita. A verdade é que são os próprios congressistas que construíram, tijolo por tijolo, a sua imagem infame junto à maioria da população”, resumiu o colunista de Oeste J.R. Guzzo em seu mais recente artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo.
A reflexão surge em meio aos protestos que ocorreram no último domingo, 15, e reuniram manifestantes em 200 cidades para criticar parlamentares do Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O descontentamento se dá depois de inúmeros reveses que essas duas instituições impuseram ao Brasil.
“Se fizessem uma ‘pesquisa de opinião’ perguntando ao brasileiro qual o ambiente que ele respeita mais – a penitenciária da Papuda ou a dupla Câmara-Senado –, qual você acha, sinceramente, que seria a opinião da maioria?”
O jornalista ressalta que os sociólogos, os acadêmicos e a mídia, que se empenham diariamente para acobertar os crimes da classe política brasileira, não serão capazes de defender o indefensável: a corrupção nas entranhas do poder.
“A mídia, os partidos, as entidades que representam alguma coisa, os sociólogos etc. se levantam indignados em defesa do Congresso. Queriam o quê? Basta ver o que fazem, no dia a dia da vida real, os deputados e senadores. Não é só a questão criminal – estão sendo processados por peculato, concussão, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, falsificação de documento”, observa Guzzo.
Para ele, a maioria da população, hoje, aplaudiria o fechamento da Câmara dos Deputados e do Senado Federal por um ato de força, ou ficaria indiferente. “Uma democracia assim está doente”, conclui o jornalista.