Os desembargadores e os juízes investigados na Operação Máximus, que apura um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins, receberam R$ 3,1 milhões em salários em 2024. A Polícia Federal (PF) deflagrou a ação. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou a informação, nesta quinta-feira, 19.
Em junho, alguns magistrados tiveram rendimentos elevados por causa de indenizações e gratificações antecipadas, com holerites que chegam a ultrapassar R$ 100 mil líquidos. O valor é três vezes acima do teto do funcionalismo público.
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Os magistrados sob investigação são Helvécio de Brito Maia Neto, Angela Issa Haonat, Angela Maria Ribeiro Prudente, Etelvina Maria Sampaio Felipe, João Rigo Guimarães, José Maria Lima, Marcelo Eliseu Rostirolla, Ocelio Nobre da Silva e Roniclay Alves de Morais.
A Operação Máximus investiga corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A PF encontrou áudios que considerou “estarrecedores”, que mostram a insatisfação dos magistrados com o fracionamento e o atraso nos pagamentos de propina.
Operação no Tocantins
O ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou a operação, resultando na prisão de dois suspeitos e buscas em 60 locais em cinco Estados. Cinco dos investigados também recebem salários do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.
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A transcrição dos áudios e detalhes da operação estão na representação da PF ao STJ, documento que deu início à Operação Máximus. Quando a operação começou, a Corte informou que forneceu todas as informações necessárias à Polícia Federal.
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