Com a articulação política do governo fragilizada e sem maioria no Câmara dos Deputados, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tenta acelerar as nomeações de indicados para cargos em ministérios para reverter a rejeição do governo.
Nesta sexta-feira, 16, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente Lula determinou a criação de uma “força-tarefa permanente” para fiscalizar se os ministérios estão fazendo nomeações de indicados da base aliada do governo nos cargos de segundo e terceiro escalão.
Segundo apuração do jornal Valor Econômico, o governo federal identificou que há uma resistência das pastas em aceitar indicações de outras legendas, o que tem provocado retaliações no Congresso.
Conforme o ministro, ao todo, o governo federal já encaminhou uma lista com 400 nomes de indicados políticos para as diversas pastas da Esplanada, mas estas ainda não teriam dado o devido andamento às nomeações pedidas pelo Planalto.
As determinações são resultado da reunião ministerial realizada ontem por Lula. A força-tarefa será coordenada pelo próprio ministro Alexandre Padilha.
Lula quer que ministros liberem cargos para ‘salvar’ articulação política
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para os ministros darem andamento às nomeações de cargos que ainda não foram designados oficialmente nas pastas para “ajudar” o governo na articulação com o Congresso Nacional.
“O presidente reiterou o pedido para que todos apoiem e ajudem Padilha a cumprir os compromissos que ele assumiu — uma vez que tem uma quantidade de cargos que foram indicados na negociação da composição do governo, e os ministérios ainda não colocaram no sistema essas indicações”.
Segundo o site da CNN, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável por essa articulação com o Congresso, cobrou a liberação dos cargos na reunião realizada na quinta-feira 15 entre o presidente e os ministros.
Rui Costa ainda acrescentou: “A articulação política exercida pelo Padilha precisa da contribuição de todos. O pedido do presidente foi para haver essa colaboração mútua, e todo mundo tocar afinado e no mesmo tom”.
O que me assusta é a imprensa televisiva tratar essa aberração do nosso país, como algo normal. Pura corrupção. Podem dar a desculpa que quiserem.