Uma multidão lotou a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 21, em uma manifestação em defesa da liberdade e dos direitos civis previstos na Constituição de 1988, convocada por Jair Bolsonaro.
Dezenas de políticos estiveram com o ex-presidente no trio elétrico instalado na Avenida Atlântica, entre eles, os governadores Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ), além dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). Veja a lista completa aqui.
Desde o 8 de janeiro, é a segunda vez que milhares de pessoas voltam às ruas pela ressurreição do Estado Democrático de Direito.
O primeiro ato de grande escala ocorreu em 25 de fevereiro deste ano, quando cerca de 750 mil pessoas lotaram a Avenida Paulista. Organizador do ato, o pastor Silas Malafaia reconstituiu alguns episódios de “autoritarismo” que se instalou no país nos últimos cinco anos. O líder religioso enumerou artigos da Constituição e dispositivos legais “rasgados” pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “ditador da toga”, e cobrou ainda um posicionamento dos demais juízes do STF que discordam dos atos de Moraes. Malafaia não poupou críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a quem adjetivou de “frouxo”.
Assim como há dois meses, e o último a falar no ato, Bolsonaro voltou a pedir o restabelecimento da normalidade democrática, assegurou que 2022 “ficou no passado” e pediu a imediata libertação dos presos políticos encarcerados na Papuda e Colmeia ou acorrentados a tornozeleiras eletrônicas. “O Brasil tem órfãos de pais vivos”, resumiu o ex-presidente ao pedir anistia aos detidos.
Durante o ato, que não registrou nenhum tipo de violência ou dano ao patrimônio, os brasileiros deram mais uma demonstração de que reconquistaram o domínio das ruas e sepultaram o medo em cova rasa.
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