O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone, afirmou que milhões de empregos e empresas brasileiras estão em risco devido à nova alíquota de 20% para importações de até US$ 50 nas plataformas de e-commerce —mais conhecida como taxação de “blusinhas”.
A Câmara dos Deputados aprovou a taxação de “blusinhas” em sessão realizada na última terça-feira, 28, como parte do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). A nova alíquota entrou como um jabuti dentro do texto e passou na Casa Baixa em um acordo com o governo federal.
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Rafael Cervone criticou a decisão ao afirmar que “privilegiar empresas estrangeiras em detrimento das empresas brasileiras não faz sentido”, e que isso não ajudará no crescimento econômico do país.
O presidente do Ciesp defendeu igualdade tributária para evitar a concorrência desleal entre as indústrias e que, no Brasil, se está “sempre contando com migalhas”.
“Evitamos vergonhosamente atacar o problema em sua origem e em sua totalidade”, enfatizou. “Nosso país não crescerá abrindo mão de sua indústria, comércio e serviços. Precisamos progredir e buscar total isonomia, e não foi o que aconteceu.”
Desigualdade regulatória na taxação de “blusinhas”
O presidente do Ciesp analisou que a taxação de “blusinhas” aprovada na Câmara gera uma “desigualdade regulatória”. Argumentou que os “produtos importados por e-commerce não passam pelos mesmos controles que os nacionais.”
“O texto aprovado ainda reduz taxas para compras acima de US$ 50 com uma tabela progressiva de descontos no Imposto de Importação”, disse. “Por exemplo, para compras de US$ 100,01, a taxação total, incluindo ICMS, cairá de 92,77% para 68,68%. Contudo, a maior preocupação do Ciesp reside na faixa até US$ 50, onde a desigualdade tributária é mais acentuada.”
Rafael Cervone disse que as empresas nacionais necessitam de “justiça e condições isonômicas” para seguir competindo no mercado. “As empresas brasileiras não querem benefícios; querem justiça e condições isonômicas para concorrer no mercado, de modo coerente com a livre economia”, acrescentou.
Senado adia votação da taxação de “blusinhas”
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou, nesta quarta-feira, 29, para a terça-feira 4 a análise do Projeto de Lei (PL) 904/2024, que taxa compras internacionais de até US$ 50 com alíquota de 20%. A medida também é conhecida como taxação de “blusinhas”,
A decisão de senador mineiro, conforme apurou Oeste, se deu em virtude de a Câmara aprovar dois destaques que “turbinaram” o texto. A ideia é que o Senado tenha um tempo a mais para analisar o texto, que vai ser relatado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). A matéria foi apelidada de “PL das blusinhas”, em referência às compras feitas em sites como Shein, Shopee e AliExpress.
quanto mais pobres, melhor para os ultra esquerda. eles só sobrevivem, com a miséria, DOS OUTROS.
Declarações estúpidas desse senhor. O Brasil hoje é o que é porque parte da elite empresarial sempre foi covarde ou esteve próximo aos governantes no Poder. Porque estes infelizes, ao invés de atacar seus concorrentes estrangeiros, não batalham para que eles possam ter redução de impostos aqui no Brasil ? São um bando de gente preguiçosa, que acha mais fácil mesmo é taxar os concorrentes e fazer coro junto ao desgoverno. Quanto ao consumidor, este que se lasque, e que pague 100,00 numa simples camiseta. O Brasil cansa.
Cabe aos pagadores de impostos descobrir quem votou a favor da cobrança e destruir as chances de reeleição dos traidores!
esse desgoverno petista é terrívelmente arrecadador !!!!