Ao ser interpelado por Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, sobre a invasão de terras devolutas pelo MST, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quinta-feira, 17, ser legítima a “reivindicação” desses territórios.
Leia também: “CPI do MST deve retornar à antiga composição”
A discussão ficou acalorada, sobretudo depois da interferência de parlamentares de esquerda iniciada pelo deputado federal Nilto Tatto (PT-SP). Fávaro, contudo, disse ser contra a “invasão” de terras privadas e prédios públicos. “É proibido por lei”, observou.
CPI do MST ouve Carlos Fávaro
Fávaro decidiu comparecer à CPI, depois de recuar do convite de Salles. O relator chegou a chamá-lo de “fujão” e “traidor do agro”.
A CPI apura atuação do MST em invasões de terras. Após a posse do presidente Lula, as ações se intensificaram no chamado Abril Vermelho. Naquele mês, os ataques aumentaram exponencialmente.
Queda de invasões sob Bolsonaro
Sob o governo Bolsonaro, as invasões do MST caíram drasticamente. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 11 invasões de fazendas foram registradas no Brasil em 2021. Em 2020, foram apenas seis. No ano anterior, sete. Trata-se dos menores números verificados desde 1995, quando o Incra passou a organizar as estatísticas.
Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, os sem-terra invadiram quase 2,5 mil fazendas. A administração de Lula registrou cerca de 2 mil invasões. Na era Dilma Rousseff, por sua vez, houve menos de mil crimes dessa natureza.
Os números mostram que Bolsonaro apresenta um desempenho melhor até mesmo que o verificado na gestão de Michel Temer (MDB), que durou de agosto de 2016 a dezembro de 2018: foram 54 invasões durante o tempo em que o emedebista esteve à frente do Palácio do Planalto, enquanto nos últimos quase quatro anos elas não passaram de 15.
Leia também: “Sem terra e sem lei”, reportagem publicada na Edição 156 da Revista Oeste
O cara não respondeu o seguinte: por que as pessoas não abreum um abaixo assinado e pedem para deputdos e senadores abririem um processo para as terras que desejam (local) ou entrem num progama especial como foi no governo anterior? Precisam invadir e não tomar medidas ddmocráticas e legais? POr isto eu acho que o pessoal da CIPI é muito fraco.