Depois da demissão de Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, mais duas diretoras, Ivone Batista e Patrícia Costa, estão previstas para deixar seus cargos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o fim de janeiro. O jornal O Globo divulgou a informação nesta quarta-feira, 14.
Fontes disseram ao Globo que a única pendência para essas saídas é a designação de seus substitutos. A principal razão apontada para as demissões seria a falta de diálogo com o presidente do instituto, o economista Marcio Pochmann.
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Em uma reunião com coordenadores para esclarecer suas decisões, os diretores que pediram exoneração destacaram a criação da Fundação IBGE+ como um ponto crítico. Essa iniciativa sequer passou pelo Conselho Diretor, o que gerou insatisfação entre os gestores.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) emitiu uma nota. O Assibge afirmou que, apesar de os diretores não terem exposto publicamente seus motivos, a entrega dos cargos evidencia um agravamento da crise no IBGE. O órgão mencionou ainda um “desgaste” com a gestão atual.
Sindicalista critica criação da Fundação IBGE+
Paulo Lindesay, diretor da executiva nacional da Assibge, disse que a situação no ambiente de trabalho tem estado tensa desde a implementação de mudanças internas. A exemplo, a transferência de servidores para o Horto Florestal, considerado de difícil acesso pelos funcionários. Ele criticou a criação da Fundação IBGE+, vista como uma estratégia para fragilizar o órgão.
“A argumentação foi que o instituto não teria um orçamento suficiente para gerir seu próprio plano de trabalho, mas o certo seria o presidente lutar para o governo federal colocar mais recursos, e não criar uma outra fundação para captar dinheiro público e privado”, afirmou Lindesay.
Outra medida que causou desconforto foi a decisão de cobrar aluguel do sindicato por uma sala que ocupam em um prédio do IBGE, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro. Essa decisão foi tomada depois de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na qual o sindicato participou para debater a Fundação IBGE+.
Em uma carta aberta divulgada nesta terça-feira, 14, o sindicato afirmou que “decisões recentes da atual direção do IBGE colocam em risco a soberania geoestatística brasileira”, ao criticar o papel da nova fundação.
Atual gestão não ouve o Conselho Diretor
Segundo o Globo, fontes internas do instituto disseram que o Conselho Diretor não tem sido devidamente considerado pela atual gestão. As deliberações que deveriam emergir das reuniões são publicadas quase imediatamente depois de seu término, o que sugere uma falta de consideração pelas opiniões dos conselheiros.
Além disso, a intranet do IBGE, antes usada principalmente para troca de dados técnicos, agora é percebida como uma plataforma de propaganda institucional da presidência. A saída dos núcleos do instituto do edifício na Avenida Chile foi comunicada ao Conselho Diretor no mesmo dia em que o aviso ao locador foi feito.
Wasmália Bivar, ex-presidente do IBGE, chamou a atenção para o fato de que os diretores que saíram foram escolhidos pelo próprio Pochmann. “Imagino que uma ação coletiva dos diretores da casa saindo é uma manifestação de insatisfação com a gestão”, comentou.
Em resposta às saídas, o IBGE anunciou que Gustavo Junger da Silva assumirá o cargo de Elizabeth Hypolito, enquanto Vladimir Gonçalves Miranda substituirá João Hallak Neto.
Manipulador de dados e criador de narrativas. O IBGE assim como o tal de Sidonio não são dignos de credito.
URNA ELETRONICA COM VOTO IMPRESSO JA!
Esse petista safado fica alterando os dados para favorecer ao governo do ex condenado mas agora está ferrando tudo porque os funcionários estão abrindo o jogo
Parece que ainda há alguma ética e apreço pela verdade dentre o funcionalismo !
Todos nós tinhamos conhecimento da administração pouco ortodoxa e com viás politico deste sujeito.
Foi colocado lá pelo molusco para dourar a pílula para o desgoverno.
Isto já é um clichê.
O outrora IBGE, agora é salão de beleza para maquiar dados, a começar com o número de desempregados: só observar a população ativa x número de carteiras assinadas.