Pedido de cassação de Arthur do Val tem aval de comissão da Alesp
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A Comissão de Constituição, Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira, 3, a continuidade do pedido de cassação do deputado Arthur do Val. Agora o caso será encaminhado ao Conselho de Ética da casa, para elaboração de projeto que vai ser votado em plenário.
Votaram a favor da pena determinada pelo Conselho de Ética da Alesp Emídio de Souza (PT), Paulo Fiorilo (PT), Caio França (PSB), Marcos Zerbini (PSDB), Mauro Bragato (PSDB), Wellington Moura (Republicanos), Sérgio Victor (Novo), Marta Costa (PSD) e Delegado Olim (PP). O único deputado a votar contra foi Milton Leite (União Brasil).
Arthur Do Val renunciou ao mandato como deputado estadual em São Paulo em 20 de abril. No entanto, a renúncia não impediu a processo de cassação, que pode tornar o deputado inelegível por oito anos, de acordo com a Lei de Ficha Limpa.
O deputado conhecido como Mamãe Falei é julgado por quebra de decoro parlamentar, em razão de comentários sexistas sobre mulheres ucranianas, em recente viagem ao país, organizada com finalidade humanitária, em razão da guerra com a Rússia.
No episódio, Arthur do Val disse que as ucranianas “são fáceis, porque são pobres”, em troca de mensagens por áudio, que acabaram vazando publicamente.
Em 2018, Arthur do Val se tornou o segundo deputado estadual mais votado do país, com 478.280 eleitores. Dois anos mais tarde, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Patriota e ficou na quinta colocação no primeiro turno, com quase 10% dos votos válidos.
O suplente Aldo Demarchi (União Brasil) ficou com a vaga de Arthur do Val na Alesp, depois da renúncia de Mamãe Falei.
Leia também: Mamãe, falei demais, reportagem de Cristyan Costa na edição 103 da Revista Oeste.
Esse deputado tinha um propósito, mas se perdeu no caminho.
Jogou fora uma “carreira” como deputado pois teve muitos votos.
Ele em campanha defendia o Bolsonaro depois passou a ser contra foi seu maior erro.
Somente em países com regimes totalitários se pune representantes populares por opiniões que desagradam a maioria.
O caso do mamãe caguei não é diferente do Silveira.
Perder o mandato por opinião, sem que isso tenha a ver com o exercício da mandato é autoritarismo, ainda mais quando a opinião foi dada em meios particulares, sem a intenção de torná-la pública.
E como fica o MBL do Moro?