Rogério Marinho critica decisão de Toffoli de anular provas obtidas pela Odebrecht

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou provas do acordo de delação de ex-executivos da empreiteira Odebrecht . No mesmo parecer, divulgado na manhã desta quarta-feira, 6, o magistrado define como “armação” a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, Marinho afirma que esse acordo de delação premiada permitiu “descortinar” o maior escândalo de corrupção do Brasil. Com a decisão de Toffoli, o senador questionou se a corrupção compensa. 

“Qual exemplo que queremos deixar para os nossos filhos, netos, para as pessoas que vivem no Brasil?”, começou Marinho. “O crime compensa? A corrupção deve ser, realmente, um mal endêmico e tolerado dentro da sociedade? Pessoas públicas estão acima do bem e do mal? Os poderosos sempre vencem?” 

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O que diz a decisão de Dias Toffoli sobre a delação da Odebrecht

Na decisão proferida por Toffoli, as provas obtidas por meio de um acordo de delação premiada com ex-funcionários da Odebrecht, a partir da força-tarefa da Operação Lava Jato, deverão ser anuladas. O magistrado do STF se pronunciou no âmbito de uma ação movida pela defesa de Lula.

Na decisão, o ministro determina  à Procuradoria-Geral da República e a outros órgãos a identificação de “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados’’ ao acordo de leniência. O membro do STF quer ver o cumprimento de “medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, civil e criminal”. 

Toffoli afirmou, também, que a prisão do presidente Lula foi um “erro histórico” e uma “armação fruto de um projeto de poder político”.

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