Alexandre Baldy teria recebido R$ 2,6 milhões em propinas para beneficiar empresários do setor de saúde
O secretário estadual licenciado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, foi denunciado nesta terça-feira, 18, sob acusação de organização criminosa e corrupção, no âmbito da Operação Dardanários. O Ministério Público Federal (MPF) acusa Baldy de receber R$ 2,6 milhões de propinas de dirigentes da organização social Pró-Saúde e da empresa Vertude entre 2014 e 2018. O secretário chegou a ser preso pela Polícia Federal, mas foi solto por liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
Conforme a denúncia baseada no relato de três delatores vinculados às entidades, houve entrega de propina em dinheiro vivo a Baldy via interlocutores. Uma das evidências apresentadas pelo MPF são vídeos em que Edson Giorno, colaborador ligado à Pró-Saúde e à Vertude, mostra como guardou notas de R$ 50 e R$ 100 supostamente entregues a Rodrigo Dias, primo de Baldy, que também é alvo da acusação. A Justiça sustenta que o secretário recebeu R$ 500 mil para interceder junto ao governo de Goiás para o pagamento de valores a receber pela Pró-Saúde.
Outros R$ 960 mil teriam sido recebidos pelo secretário pela contratação da empresa Vertude pela Junta Comercial de Goiás. Os procuradores argumentam ainda que Baldy recebeu mais R$ 1,15 milhão para viabilizar a contratação da companhia pela Fiocruz. Contudo, o secretário do governador João Doria (PSDB-SP) garante que não cometeu nenhum crime e é inocente.
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Muito mais vai aparecer certamente.