O PSD oficializa na noite desta sexta-feira, 19, Eduardo Paes como candidato à reeleição para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto e com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do país, Paes chega ao primeiro dia das convenções partidárias sem o nome do candidato a vice.
A alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno — levantamento de abril do Paraná Pesquisas deu a ele 46% das intenções de voto — garantiu ao prefeito do Rio poder de escolha. Cortejado por PT, PSB e PDT, interessados na vaga de vice, Paes vai estender a indefinição até agosto, quando se encerra o prazo de registro das candidaturas.
O pano de fundo para a composição da chapa majoritária é a eleição ao governo do Estado em 2026 e a sucessão na Prefeitura do Rio de Janeiro. Caso eleito para o quarto mandato em outubro, Paes deve deixar o cargo para disputar o Palácio Guanabara. Assim, seu vice de agora poderá assumir o comando do Poder Executivo municipal.
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Com a indefinição, a convenção tem a presença de lideranças do PSD e aliados do prefeito. Um dos mais cotados como companheiro de chapa, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que foi secretário de Paes, marca presença.
Pedro Paulo participou de uma série de encontros do prefeito carioca com autoridades em Brasília nesta semana. Nas redes sociais, o ex-secretário de Fazenda do Rio compartilhou uma reunião entre ele, Paes e o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, e outro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Aliança entre Eduardo Paes e PT
Parte do Partido dos Trabalhadores (PT) ainda tem a expectativa de emplacar o nome do companheiro de chapa de Paes. O prefeito do Rio de Janeiro aposta, desde a campanha presidencial de 2022, na volta da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no passado já garantiu recursos para as obras da Olimpíada de 2016, para se fortalecer na base “progressista” da cidade.
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Entretanto, Paes resiste em aceitar um vice do PT. O cargo é considerado estratégico para as pretensões petistas de fortalecimento da sigla no Estado. Mas o PSD — comandado por Gilberto Kassab — não pretende abrir mão de uma chapa “puro sangue”.
Lula não compareceu ao evento partidário do PSD. A decisão de seguir com um nome do PSD para a função de vice-prefeito não vai influenciar o apoio do PT.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado