Argentina testemunha êxodo de talentos e empresas, diz Mauricio Macri

Ex-presidente afirmou que as liberdades estão em xeque no país

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O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri, durante a Conferência pela Liberdade , em São Paulo - 03/06/2022 | Foto: Cristyan Costa/Revista Oeste
O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri, durante a Conferência pela Liberdade , em São Paulo - 03/06/2022 | Foto: Cristyan Costa/Revista Oeste

O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri disse que o país registra uma “fuga de mentes” e empresários. “Temos presenciado o maior êxodo de jovens talentosos e de parte da iniciativa privada”, disse Macri, durante a Conferência Internacional pela Liberdade, em São Paulo, nesta sexta-feira, 3.

Em 2020, empresas como Axalta, Basf e Saint-Gobain Sekurity, fornecedoras de autopeças, anunciaram a demissão de funcionários argentinos e a mudança para o Brasil.

Segundo o ex-presidente, a maior causa para esse cenário é o “populismo” que se alastra pela América Latina e cria um ambiente tóxico para a iniciativa privada. Macri citou ainda o aumento do número de pobres durante o governo dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Atualmente, quase 45% da população argentina urbana é pobre.

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Macri mencionou ainda que as liberdades estão em xeque na Argentina, em virtude de medidas tomadas durante a pandemia de coronavírus, como o cerceamento do direito de ir e vir e dos lockdowns. “O populismo quer que todos dependam do governo, do poder e de seu assistencialismo”, constatou o ex-presidente.

“O populismo é uma ameaça global”, disse Mauricio Macri. “Por isso, precisamos de um multilateralismo que favoreça o intercâmbio entre os países e a defesa da liberdade. O G7 e o G20 têm um papel fundamental nisso. Teremos de construir uma resposta global para esse problema.”

Conferência Internacional da Liberdade reúne de Mauricio Macri a Michel Temer

A Conferência Internacional da Liberdade é uma iniciativa do Instituto Liberal e das principais organizações fundadas no Brasil para promover as ideias liberais, integrantes da Rede Liberdade. O evento reúne lideranças nacionais e internacionais de diversos setores, desde intelectuais até ex-chefes de Estado. Entre os participantes está o ex-presidente Michel Temer.

Leia também: “Argentina: o eterno flerte com o suicídio”, reportagem publicada na Edição 68 da Revista Oeste

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9 comentários Ver comentários

  1. Interessante o Sr. Michel Temer participar de um Fórum sobre liberdade. Este senhor nos presenteou com o Sr. Alexandre de Morais. Fico pensando, liberdade para quem?

  2. Participei da Conferência Internacional da Liberdade.
    Foi um encontro profícuo, onde se pôde debater ideias e propor soluções.
    Entretanto, penso que a conferência pecou em alguns pontos, a saber:
    1) o painel com os expositores Michel Temer e Mauricio Macri alongou-se além do razoável.
    2) as perguntas da plateia ficaram reservadas aos organizadores do evento e de alguns políticos amigos dos organizadores.
    A meu ver, nesse aspecto, a conferência não foi democrática, contrariando assim o propósito primacial do evento.

  3. O Macri teve a chance de consertar a Argentina, mas faltou coragem para o enfrentamento com os esquerdopatas, o que o Presidente Bolsonaro tem de sobra.

  4. O que se passa na Argentina poderia ser o cenário do Brasil de hoje se Bolsonaro não houvesse sido eleito em 2018. Essa forma de governo na Argentina como pretendo o PT do Ladrão não cheira comunismo, não. É uma forma de governo em que uma casta se beneficia o tempo dos prazeres da vida enquanto o povo paga pelo luxo da casta. Se assemelharia ao comunismo? Em parte, mas o propósito dos que dão formação à casta é o de passarem a boa vida de luxo para seus descendentes fingido se importarem com os desprovidos através de um fraseamento demagógico. Lembra Luís XVI, de França.

  5. “O populismo é uma ameaça global”, disse Macri. “Por isso, precisamos de um multilateralismo que favoreça o intercâmbio entre os países e a defesa da liberdade. O G7 e o G20 têm um papel fundamental nisso. Teremos de construir uma resposta global para esse problema.”

    Pelo que entendi, segundo Macri, o populismo se combate com globalismo.

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