Julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE é interrompido por novo pedido de vistas
Esquerdistas Marina Silva e Guilherme Boulos querem cassar mandatos do presidente e do vice; Alexandre de Moraes pede vistas para analisar o caso
Foto: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou na noite de hoje o julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, que saiu vencedora nas urnas ao fim dos dois turnos das eleições realizadas em 2018. O retorno, contudo, não significou desfecho.
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Quinto a votar na noite, o ministro Alexandre de Moraes pediu vistas. Dessa forma, o julgamento foi interrompido. E, por ora, não tem data prevista para voltar à pauta do TSE. Aliás, as ações contra Bolsonaro e Mourão estavam fora da discussão do tribunal desde novembro do ano passado, momento em que Edson Fachin fez o mesmo que seu colega de TSE e STF: solicitou vistas.
As ações contra Bolsonaro-Mourão
Movidos pelos esquerdistas — e candidatos derrotados há dois anos — Guilherme Boulos e Marina Silva e suas respectivas coligações, os dois processos acusam a chapa formada por Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão de ter cometido abuso eleitoral, o que é, todavia, negado pelos dois investigados.
O julgamento no TSE retomou após Fachin pedir vistas. Anteriormente, apenas o relator do caso havia votado. E de forma contrária às solicitações feitas por Boulos e Marina. O responsável pelo voto nesse sentido foi o relator Og Fernandes. A saber, ele se manifestou pela improcedência das duas ações. Assim, para ele, os casos deveriam ser arquivados.
Retomada do julgamento
Antes que o julgamento de fato recomeçasse, a sessão plenária do TSE, feita de modo on-line e com transmissão via YouTube, contou com problemas. Enquanto Sergio Banhos falava, ecoou o som de fogos de artifício. Juízes até riram, mas a análise interrompeu-se por alguns segundos. Posteriormente, o áudio do relator Og Fernandes ficou mudo por instantes — o próprio ministro chegou a dizer que, talvez, a “mudez” poderia ser melhor.
Os votos
Primeiro a votar na sessão, Edson Fachin divergiu parcialmente do relator das ações. Ele, contudo, não votou necessariamente contra a chapa Bolsonaro-Mourão. De acordo com o ministro do TSE, é necessário dar mais tempo para o que chamou de “produção de novas provas”. Na prática, essa decisão, se formada maioria, voltará ao âmbito pericial, pois as investigações serão retomadas. Com a palavra, Og Fernandes reforçou seu parecer pela improcedência das ações movidas por esquerdistas.
Posteriormente, quem votou foi o ministro Luís Salomão. Ele acompanhou o relator na questão “preliminar” levantada por Fachin. Assim, decidiu pela improcedência da produção de novas provas.
Na sequência, falaram os ministros Tarcísio Vieira e Carlos Velloso Filho. Em linhas gerais, concordaram com Fachin. Ou seja: votaram a favor de seguir com a produção de provas — trabalho que será, se for o caso, liderado pela Polícia Federal. Eles deixaram, assim, o resultado parcial em 3 a 2 a favor da retomada das investigações.
Novo pedido de vistas
O julgamento continuou com o ministro Alexandre de Moraes, mas não por muito tempo. Isso porque ele pediu vistas das ações. Prometeu, contudo, entregar sua análise o “mais breve possível”. Com isso, o tribunal não pode seguir com o julgamento. Assim, coube ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso encerrar a sessão plenária.
Assista
Oeste acompanhou a sessão plenária do TSE realizada na noite desta terça-feira. O vídeo segue abaixo.
10 comentários
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Os candidatos que tiveram menos voto que o cabo Daciolo entraram com o processo. Piada pronta!!!!
Brasil com tantas urgências e estes senhores perdendo e gastando tempo e dinheiro do contribuinte com isso.
Mais uma ação do nível “Dick Vigarista” que dá errado. Tentem outra.
Falou tudo Evandro!
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Palhaçada, os urubus togados do STF querem manter essa excrescência na gaveta para ficarem ameaçando o Presidente eleito. Bolsonaro deveria deixar um jipe, um soldado e um cabo de prontidão para o caso dos ratos tentarem dar o golpe.
A ação é uma piada, mas querem manter o Bolsonaro sob pressão mantendo o processo vivo. É só isso. Jogo sujo.
So manter a presa ao é o processo na mídia. Não tem como cassar uma chapa baseado nisso. Se ganhar o levantamento de provas aí vai acabar o mandato e nada vai ser apurado. Melhor encerrar a questão. Parar com essa perseguição ao presidente
Talvez a ação devesse ser julgada procedente e a chapa cassada – pelo menos assim teríamos o artigo 142 ativado mais rapidamente.
A intenção clara é a de desgastar o presidente. Essa gente ainda não percebeu que, agindo assim, angaria descrédito e repulsa do cidadão.
Chega a ser “comovente” ver o judiciário (minúsculas propositais) em pleno “MODO SUICÍDIO INSTITUCIONAL”, perseguindo cerca de 58 milhões de cidadãos brasileiros que ousaram cometer o democrático gesto de ELEGER seu PRESIDENTE – o melhor que já ocupou (e ocupará até 2026) o cargo.
Depois os “ministrinhos” ficam com mimimi ao serem condecorados com a alcunha de #VergonhaNacional. É o que são.