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Guzzo, esse é o meu balanço e essas são minhas expectativas:
UM INUSITADO PAÍS CHAMADO BRASIL
(em dezembro de 2021)
Ao ensejo da proximidade das festas de final de ano, oportuno se faz um breve balanço dos últimos meses e uma perspectiva, de curto prazo, para o ano que vem.
Nosso inusitado País tupiniquim tem hoje, na Suprema Corte, onze ministros plenipotenciários que, cumulativa, autoritária e isoladamente, exercem as funções de Presidentes da República. Além disso, atuam em tempo integral — e individualmente — como um sólido conjunto de Senadores e Deputados, na elaboração ou revisão diária de novos dispositivos constitucionais e de toda a decorrente legislação infraconstitucional, tudo na medida em que lhes der na telha.
Todos os demais órgãos públicos, da iniciativa privada e do terceiro setor — aí incluídas todas (sem exceção) as “autoridades” eleitas nas três esferas do pacto federativo (federal, estadual e municipal) — estão mansa e pacificamente subordinados esses onze ministros do stf/presidentes da república/senadores da república/deputados federais, os quais nunca receberam sequer um voto popular. Vale dizer que essas “autoridades” só têm a autoridade que os citados plenipotenciários lhes concedem.
Esses onze ministros do stf/presidentes da república/senadores da república/deputados federais são pessoalmente reconhecidos como os verdadeiros Poderes da União, independentes e harmônicos entre si (só entre si), representando — em toda a sua plenitude e simultaneamente — o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Por isso, quando se reúnem, só o fazem para referendar o que cada um, individualmente, já fez.
É certo que alguns poucos cidadãos não se conformam com essa conjuntura. Mas suas atitudes contrárias são absolutamente irrelevantes, seja porque não dispõem de poderes sequer para “arranhar o sistema”, seja porque estão — ou serão — presos nas masmorras dessa nova e tenebrosa inquisição, cujo tribunal paira, soberbo, acima de tudo e de todos.
No ano que vem, ao que tudo indica, vamos todos os brasileiros mais uma vez brincar de democracia, enganando-nos alegremente, mesmo sabendo que, no fundo, no fundo, irão vencer quem eles, os plenipotenciários, querem que vençam — com a força das formidáveis urnas eletrônicas — para fazer com que tudo continue como está. Ou caminhe para pior.
Feliz 2022!
Por que Bolsonaro é submisso ao STF, a ponto de que nem mesmo 11/09 o fez agir? Tem medo, está com pendências judiciais? Só é fraco mesmo, não conta com apoio na estrutura? O povo não conta, esse não apita em Brasília