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Inquérito das Fake News: a árvore envenenada | Foto: Shutterstock
Edição 135

Carta ao Leitor

O avanço da censura está entre os destaques desta edição

Redação Oeste

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Em maio de 2020, a pandemia de covid-19 — com seu cortejo de lockdowns, máscaras e palavras de ordem autoritárias — fazia tudo parecer muito estranho. A paisagem se tornou ainda mais espantosa quando o ministro Alexandre de Moraes começou a expedir em série mandados de busca e apreensão em imóveis habitados por jornalistas, humoristas, escritores, youtubers — gente que pouco tinha em comum além da opção conservadora e da simpatia ao presidente Jair Bolsonaro. Todos foram acusados de divulgar “fake news” — “crime” até hoje inexistente no Código Penal.

Dois meses depois, o calhamaço já somava mais de 10 mil páginas. Pela primeira vez depois da redemocratização, inocentes começaram a ser perseguidos pelo que pensavam ou diziam. “Até hoje nenhum dos investigados sabe qual seria o suposto crime em questão”, observa Flavio Morgenstern no artigo que recorda as primeiras arbitrariedades do Inquérito das Fake News, rebatizado pelo ministro Marco Aurélio Mello com o codinome “Inquérito do Fim do Mundo”.

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