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Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, durante cerimônia de posse da diretoria da instituição realizada na sede do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023 | Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo
Edição 151

Um misto de populismo político e ignorância econômica

Não se pode esperar nada diferente de um governo cujo chefe ridiculariza o teto de gastos e insinua grotescamente que a meta de inflação deve seguir um 'padrão Brasil'

Ubiratan Jorge Iorio

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O governo vem, recorrentemente e sem qualquer cerimônia, assestando suas armas contra o que chama de “alta taxa de juros”. Ao mesmo tempo, insinua a revisão para cima das metas de inflação e a própria independência do Banco Central. A artilharia, cada vez mais pesada, tem levado muitos a indagarem se esses ataques — um misto de populismo político e ignorância econômica — poderão levar à substituição do presidente do banco antes do término do seu mandato, no fim do próximo ano.

Não se pode esperar nada diferente de um governo cujo chefe ridiculariza o teto de gastos, insinua grotescamente que a meta de inflação deve seguir um “padrão Brasil”, abre as comportas para despejar fartamente o dinheiro dos pagadores de impostos, anuncia com orgulho a intenção de desviar esse mesmo dinheiro para emprestar a países com vastos prontuários de calotes, cria ministérios cuja única finalidade é acomodar aliados e defende ardorosamente a interferência do Estado na economia. Em suma, um governo que parece viver em meados do século passado, atiçado por um populismo que chega a beirar a comicidade e escorado “cientificamente” em economistas incapazes de aprender com a longa história de fracasso das próprias ideias.

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