Ao comentar a suposta agressão sofrida por Alexandre de Moraes e seu filho em Roma, J.R. Guzzo afirma que “as suposições da polícia no atentado à democracia cometido no Aeroporto de Roma, em circunstâncias normais, não seriam aceitas por um juiz em começo de carreira, em nenhuma comarca de interior. Mas este é o Brasil de 2023”. Nessa lista de absurdos jurídicos, Guzzo inclui também o fato de as confissões escritas de corrupção da construtora Odebrecht terem sido consideradas “imprestáveis” pelo ministro Dias Toffoli.
Neste mesmo Brasil de 2023, o presidente da República é incapaz de repudiar com a necessária firmeza a selvageria e o horror dos ataques a Israel cometidos pelos terroristas do Hamas. Em nenhum momento, Lula, seus ministros e a imprensa aliada usaram as palavras “terrorismo” ou “terroristas” — empregadas à exaustão para caracterizar os atos de vandalismo do 8 de janeiro, em Brasília — para referir-se às cenas de barbárie registradas no Oriente Médio.
Em vez disso, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, só apareceu quatro dias depois para dizer que repudiava os “ataques contra a população civil”. Militantes com bandeiras vermelhas organizaram manifestações de apoio ao Hamas no campus da Universidade de Brasília e na Candelária, no Rio de Janeiro. E o Movimento dos Sem Terra declarou estar em festa.
“Um detalhe”, observa Silvio Navarro, na reportagem de capa desta edição. “A guerra explode no momento em que o Brasil ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Dois brasileiros, ambos de 24 anos, foram assassinados.” Ainda não foi confirmado se outros estão entre as dezenas de reféns sequestrados pelo Hamas.
“Esperávamos uma condenação muito mais forte do governo brasileiro contra esse massacre, essa matança de pessoas inocentes”, afirma Daniel Osowicki, historiador e professor da StandWithUs Brasil, instituição internacional e apartidária que educa sobre Israel e os conflitos no Oriente Médio. “Lamentavelmente os movimentos de extrema esquerda pensam assim: o inimigo do meu inimigo é meu amigo. Ou seja, Israel é amiga dos Estados Unidos e inimiga do Hamas. Mas, como eu não gosto dos Estados Unidos, automaticamente não gosto de Israel e simpatizo com o Hamas. É uma maneira absolutamente infantil de pensar.”
A luta de Israel não é contra o povo palestino, mas contra um grupo terrorista que assassina civis, estupra mulheres e degola crianças. “Apoiar a criação de um Estado palestino que aceite a convivência pacífica com Israel é um direito reconhecido por qualquer democrata genuíno”, escreveu Augusto Nunes, na rede social X. “Apoiar os terroristas do Hamas, como fazem esquerdistas brasileiros, é coisa de assassino que só não participa pessoalmente de matanças porque a covardia vocacional consegue ser maior que o ódio.” Isso seria inaceitável em qualquer nação minimamente civilizada. Mas este é o Brasil de 2023.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Concordo em gênero, número e grau. Agora cabe a Israel o desfecho dessa luta pela própria sobrevivência, que considerada as proporções, vem desde 1948. Interessante que devo mencionar tal fato como historiador: o papel de Oswaldo Aranha na criação do Estado de Israel foi fundamental como presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele foi uma figura-chave na promoção da Resolução 181 da ONU, que recomendou a partilha da Palestina em um estado judeu e um estado árabe. Seu apoio e habilidades diplomáticas desempenharam um papel significativo na aprovação dessa resolução crucial em 1947, que contribuiu para a criação do Estado de Israel.
Existe muita diferença de guerra entre países com soldados na batalha e ataques terroristas a civis de todas as idades e do próprio país. Deus tem misericórdia!!!
“Ao encontrar um espadachim, saque da espada; não recite poemas para quem não é poeta.”
Terroristas do Hamas, Hezbollah, ISIS, Talibã, etc, só conhecem uma linguagem: violência. Assim, espero que o corajoso povo israelense leve uma tempestade de fogo aos monstros do Hamas e que eles encontrem o mais rápido possível o tão sonhado “paraíso islâmico com suas 72 virgens”. Quanto ao desgoverno brasileiro e seus satélites, eu NÃO espero nada desse bando!
Gostei do termo a estes crápulas. A covardia vocacional consegue ser maior que o ódio.
Obrigada por nos proporcionarem esperança. Feliz e realizada por fazer parte dos assinantes .
Esse governo e essa justiça e esses funcionários públicos que ganham muito dinheiro por mês pra não fazer nada e ainda depredar o organismo público são iguais ao Hamas, onde o povo de Israel é a nação brasileira politicamente. Deem chance, que eles se tornam do mesmo jeito com armas
Me preparando física e emocionalmente para ler a edição “mais pesada” de Oeste até hoje. Como para compensar o leitor, sua Carta está um primor.