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Edição 40

Por que criar filhos se tornou tão difícil

O esfacelamento da família burguesa e o “culto do eu” por parte dos adultos prejudicam a socialização das crianças e produzem grandes conflitos

Jan Macvarish, da Spiked

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Um novo livro, The Problem with Parenting: How Raising Children Is Changing Across America (O problema da criação dos filhos: como a educação das crianças está mudando nos Estados Unidos), de Nancy McDermott, escritora norte-americana e colaboradora da Spiked, sintetiza cultura popular, pesquisa acadêmica e diversos relatos que compõem uma corajosa defesa da família.

McDermott lida com uma questão importante ao longo da obra: “Por que criar filhos se tornou tão difícil?”. Existem muitos livros populares que exploram a mesma questão, mas com frequência eles recaem em uma ou duas áreas pouco esclarecedoras. Por um lado, existe o gênero “mãe bagaceira”, que diminui a importância da responsabilidade de ter filhos, rendendo-se a histórias de “fracassos maternos” e “taças de vinho”, aceitando a impossibilidade de “dar conta de tudo” e reivindicando o direito humano de “ter tempo para si mesma”. Do outro lado, existe o gênero “superação pessoal”, que aproxima a responsabilidade da obsessão, faz promessas de “sucesso” na criação dos filhos dignas de programas do Terceiro Reich e exige uma intensa atenção dos pais desde a concepção até a universidade.

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