Pular para o conteúdo
publicidade
Edição 64

Os verdadeiros números da economia brasileira

Diante de um horizonte econômico bem mais ensolarado, o que justifica tantas previsões erráticas?

Cristyan Costa

-

“PIB negativo no 1º trimestre de 2021 é uma possibilidade.” “Mercado vê PIB mais fraco e renova avanços para a inflação e o dólar em 2021.” “Não há sinal de fim de recessão e economistas já veem 2021 como ano perdido.” Essas e outras manchetes circularam nos cadernos especializados dos principais jornais do Brasil, com previsões apocalípticas sobre o cenário econômico. Para o primeiro trimestre deste ano, 55 instituições haviam estimado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentaria entre 0,5% e 0,8% no período. Contudo, na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) escancarou a realidade: o Brasil crescera 1,2% nos três primeiros meses de 2021, superando grandes economias, como a da Suécia (1,1%) e a da China (0,6%).

Até abril, economistas cogitavam o risco de recessão no primeiro semestre — e as estimativas mais otimistas indicavam crescimento do PIB ao redor de 3% em 2021. Agora, parte do mercado aponta para um avanço superior a 4% no consolidado do ano. Várias instituições financeiras passaram a revisar para cima seus cálculos sobre o PIB deste ano, como a Goldman Sachs, que já aposta em expansão de 5,5%. “Se estamos evoluindo acima do primeiro trimestre do ano passado, é possível que estejamos crescendo a taxas muito maiores”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes. “O avanço da vacinação, os protocolos sanitários e o aprendizado de como se cuidar na pandemia estão protegendo um pouco mais a economia.”

publicidade

Newsletter

Seja o primeiro a saber sobre notícias, acontecimentos e eventos semanais no seu e-mail.