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Edição 09

A briga política do vírus

Bolsonaro está onde sempre esteve. Doria terá problemas se a essência de sua força política estiver no confinamento e na política do “fecha tudo”

J. R. Guzzo
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A peste do coronavírus no Brasil, como sabe qualquer adulto capaz de conviver com ideias diferentes das suas, não levou mais do que cinco minutos para sair do campo da ciência e se transformar numa briga política que está fervendo até agora — e, possivelmente, vai continuar por aí depois que a epidemia for controlada. Na verdade, pode ter uma influência decisiva no futuro da política, da economia e das escolhas da sociedade brasileira. O inimigo comum, ao contrário do que ocorreu em outros países, não foi o vírus — foi o outro lado. O presidente Jair Bolsonaro e as forças que o apoiam, para não complicar uma história que no fundo é simples, ficaram desde o começo contra a paralisação do país para combater a doença; sua ideia-mãe é que se tratava de uma “gripezinha” que jamais poderia justificar todo o imenso sistema de proibições que os governos locais, com a autorização ou anuência do Poder Judiciário, puseram a funcionar nos últimos dois meses para combater a covid-19. Os políticos que querem a Presidência em 2022 (ou tão logo possível), e todos os que se opõem de alguma forma a Bolsonaro, tomaram posição a favor do “fique em casa” — que já arruinou o ano de 2020 e pode impedir, simplesmente, que o governo se recupere no horizonte mais próximo.

Muito pouco de tudo o que o poder público vem decidindo no Brasil desde o último mês de março, em suas diferentes esferas, tem realmente a ver com uma preocupação sincera com a saúde da população. Os que mandam neste país jamais deram a mínima para a saúde pública — tanto que a rede de esgotos não chega a 50% dos cidadãos e os hospitais públicos vivem em situação de colapso permanente, com ou sem vírus. Mas isso é problema de pobre: nenhum governante brasileiro com um mínimo de projeção, nem os que podem pagar um plano médico privado, jamais se tratou num ambulatório do SUS. Só que a covid, para desorientação geral, não se limitou ao povão, o que deixaria as coisas na indiferença de sempre: pegou da classe média para cima. Aí deu-se o pânico e ficou aberto o campo para a transformação de uma doença mortal em briga política. Quem passou a se sentir ameaçado, e tem meios para sobreviver sem a obrigação de ir ao trabalho todos os dias, começou a apoiar tudo o que foi apresentado como solução — dos engarrafamentos de trânsito ao fechamento das barbearias Quem sempre viveu ameaçado só tem pensado numa coisa: como ficar vivo sem ter um tostão no bolso.

As medidas tomadas até agora, no fundo, só tentam adivinhar com qual dos lados será mais lucrativo ficar.

 É inútil esperar por “pesquisas de opinião” para saber quem está fazendo a aposta mais certa — o resultado, como de costume, será apenas o que os pesquisadores querem que seja. O que se pode fazer é olhar com atenção, todos os dias, para os fatos. É certo que o apoio ao confinamento e a todas as soluções radicais que vêm junto reúne dezenas de milhões de pessoas; não é o grupinho que o presidente e sua base de apoio acham que é — se fosse, a paralisação do Brasil não aguentaria quinze dias de pé. Está nesse lado a maioria dos 12 milhões de funcionários públicos e suas famílias. (Exemplo clássico: segundo um levantamento que foi publicado há pouco na mídia, 80% dos professores do Estado em São Paulo se declararam “não preparados” para voltar a dar aulas.) A maioria dos que podem fazer “teletrabalho”, possivelmente, também apoia o confinamento, ou não tem nada contra. Somem-se aí aposentados, rentistas, ricos e gente que, no fundo, não precisa trabalhar, e dá para calcular o tamanho do partido a favor do “fique em casa”.

É certo, da mesma maneira, que a maioria da população brasileira não está aí, e que há um número no mínimo equivalente de pessoas com menos medo da epidemia do que de ficar sem dinheiro algum para sobreviver. Esse grupo, naturalmente, só tende a crescer a cada dia que passa.

Não adianta governadores e prefeitos que lideram o partido do confinamento “até a descoberta de uma vacina” apontarem diariamente para a soma de mortos.

Quem está no desespero não faz a mesma conta nem quer continuar esperando. Não há apoio ao confinamento, igualmente, junto a milhões de empreendedores privados de todos os tipos, para quem está com medo de perder o emprego ou entre a maioria dos responsáveis por alguma empresa com contas a pagar.

A resposta sobre quem vai acabar ganhando a disputa política só será conhecida, realmente, nas eleições de 2022. Os adversários do presidente da República precisariam, até lá, não só manter o apoio que conquistaram com sua aposta no “isolamento social”; é indispensável, também, que atraiam mais gente para seu lado. Os militantes pró-governo acham, ao contrário, que essa perspectiva não faz parte do mundo das realidades — e não acreditam que Bolsonaro esteja realmente perdendo o apoio que tem. Os sinais mais recentes indicam que o confinamento vem sendo suspenso em cada vez mais lugares, em vez de ampliado — os governos locais parecem estar sentindo, com o passar dos dias e o aumento da angústia, que não há um futuro viável para a ideia de deixar o país parado “pelo tempo que for necessário”.

Muito bem: se vai ser preciso encerrar ou aliviar de forma visível o confinamento, mais cedo ou mais tarde, então por que não começar mais cedo?

A grande briga política do vírus, tal como pode ser vista hoje, se resume a dois nomes, o presidente Bolsonaro e o governador João Doria. Bolsonaro parece estar mais ou menos onde estava no começo do ano. Provocou picos de indignação nos últimos dois meses, mas basicamente se trata de indignação entre os já indignados; não há sinais de revolta entre suas bases. A questão real é Doria. O governador de São Paulo, com certeza, obteve apoio maciço da mídia, que até seu rompimento com Bolsonaro o tratava com o mais absoluto desprezo. Passou a ser levado a sério, também, pelas classes intelectual-civilizadas que formam a vanguarda do antibolsonarismo a qualquer custo. Doria, na verdade, parece ter encontrado um lugar que hoje não teria se tivesse permanecido fiel a Bolsonaro; nunca fez parte da verdadeira base de apoio do presidente, que não gosta dele nem acha preciso contar com seu apoio. O fato é que acabou se tornando, de longe, o único candidato “de oposição” que sobrou para disputar a eleição de 2022.

Na coluna dos débitos, porém, Doria tem de lidar com uma carga bem pesada. Não conseguirá, nunca, juntar mais de meia dúzia de pessoas numa manifestação de rua em seu apoio, nem com toda a mortadela do mundo — a ideia de uma concentração pró-Doria na Avenida Paulista, com bandeira do Brasil e coro de “mito, mito!”, é simplesmente absurda. Lula, o PT e a esquerda, que Doria imagina ter hoje mais ou menos a seu lado, jamais vão tratá-lo como um aliado real — alguém, sinceramente, imagina Lula fazendo campanha para Doria num palanque em 2022? Também não está claro se o governador ganhou algum espaço importante fora de São Paulo com seu mergulho de cabeça no “fique em casa”. É óbvio, enfim, que Doria terá um problema e tanto se a essência de sua força política estiver no confinamento e na política do “fecha tudo”. É simples: ele não tem a mínima possibilidade de manter as coisas assim por mais dois anos, e continuar faturando com a emergência. Ao contrário, o confinamento vai acabar. E daí: quanto do apoio que tem agora o governador conseguirá segurar?

Doria só se elegeu em 2018 porque soube, melhor do que ninguém, passar uma mensagem única: “Em São Paulo, só eu estou de verdade com Bolsonaro e contra o PT”. Agora terá de ganhar uma eleição fazendo exatamente o contrário. Vai ser preciso que os aliados que ganhou com a covid-19 continuem de seu lado, sem vírus, até o dia da eleição.

31 comentários
  1. Flávio Demasi
    Flávio Demasi

    Parabens para
    Guzzo e companhia.Estou por aqui muito feliz .
    Assinei e estou devorando as materias.
    Quanto a esta acima ,somente um pequeno complemento.
    Infelizmente fiz campanha para Doria e estou MUITO arrependido.
    O apôio da mîdia só começou quando ele teve acesso ao Governo Estadual e as verbas começaram a irrigar TVs, Jornais e radios.
    Bom trabalho a todos.
    Um apoio duvidoso ,é claro.

  2. Priscila Soares
    Priscila Soares

    É revoltante que políticos usem a pandemia como palanque. Doria foi longe demais!

  3. Marcio Antonio Rosa
    Marcio Antonio Rosa

    Boa tarde, pessoal! Acabei de desembarcar na Revista Oeste. Viagem atribulada. Permaneci mais de 30 anos lendo Veja. Aguentei até o Guzzo sair. Fiquei na Crusoé até virarem o cocho. Demorei a descobrir o paradeiro do Guzzo. Agora me sinto em casa.

    1. Márcio André de Alcântara Souza
      Márcio André de Alcântara Souza

      Xará,

      Para você que desperdiçou anos na Veja e na Crusoé, seja bem vido à Oeste. Outras duas ótimas opções de encontrar a verdade – tanta manipulada por suas ex-revistas, são o jornal Brasil Sem Medo e a revista Terça Livre.

      1. Márcio
        Márcio

        Quanta arrogância.

  4. José Antonio Braz Sola
    José Antonio Braz Sola

    Certo como sempre o comentário do mestre J.R.Guzzo.
    Doria é oportunista, sem contar que tem culpa no cartório também por não ter tomado providências para, junto com Covas, cancelar o carnaval em SP, eis que o coronavírus já corria leve e solto no Estado desde janeiro, antes das festas de Momo, portanto.Estranhamente, outro dia ele falou numa das suas midiáticas coletivas em que os jornalistas só fazem perguntas chapa-branca, que o plano de isolamento social foi implementado no dia 26/2, coincidentemente Quarta-feira de Cinzas.

  5. Alberto Garcia Filho
    Alberto Garcia Filho

    Esse CANALHA ASQUEROSO e TRAIDOR, não se elege nem pra síndico do Edifício Copan, quanto mais para presidente.

  6. Roberto Mota de Oliveira
    Roberto Mota de Oliveira

    Não suporto traição. Votei no Dória. Pra mim , já era. Tô fora.

  7. Thales
    Thales

    O Dória foi a maior decepção que tive como eleitor até o momento, eu sempre acreditei que pelo fato dele ser um bom gestor seria um ótimo político, como Trump, e foi ai que me surpreendeu. Além de demonstrar ser mais um político clichê, ainda demonstra sinais de um ditador ao mandar soldar portas de estabelecimentos comerciais em São Paulo e mandar prender pessoas que ali circulam. É um nojo saber de atitudes como essas que são exatamente o oposto que seus eleitores esperavam.
    Como provável futuro candidato à presidência, acho bem improvável conseguir um número expressante na corrida, talvez faça mais feio que o Alckmin na eleição passada.

  8. Paulo Gustavo Pinto Cesar De Carvalho
    Paulo Gustavo Pinto Cesar De Carvalho

    Os oportunistas enxergaram a brecha da pandemia para, em conluio com o STF, tentar destroçar o governo arruinando a economia com o “fikemcasa”.
    O Governo estava reagindo bem (lembro do ministro dizendo que alguns governadores e prefeitos tinham exagerado), mas as traições (incensadas por quem mesmo?) de dois sujeitos até então confiáveis (mais oportunistas?) deixaram as coisas piores.
    Estão fazendo de tudo. Batendo de todos os lados, mas o PR cada vez mais se mostra defensor do povo e fiel aos princípios que defendeu na campanha. Liberdade, Família, Deus, Mercado e Honestidade.
    Governante mantendo, depois de eleito, o que disse na campanha é novidade no Brasil!
    Apesar da grande mídia, o povo está mais atento, inclusive quanto aos desmandos contra a Constituição. E vai saber cobrar na hora certa. Os processos virão.

  9. Fredson Santos Rocha
    Fredson Santos Rocha

    O Dória é esperto, sagaz.
    Saberá tirar proveito de cada brecha deixada pelo incompetente do Planalto.
    Muito perigoso esse Dória.

    1. Rogério Storino Gonçalves Gomes
      Rogério Storino Gonçalves Gomes

      Lamento desaponta-lo prezado isentão mas Bolsonaro nada de braçada no momento.

  10. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Consegui resolver os problemas técnicos. Vc sempre foi sensível e com a cabeça no lugar. Só que eu, longe do centro do país, tenho algumas dúvidas sobre tudo. O Dória só teria votos aí em SP. E o Bolsonaro perdeu muitos apoiadores após a saída do Moro. Não confio em pesquisas e, por isto, tudo está aberto até a próxima eleição. E a pandemia vai proporcionar o célebre stop and go. Ou seja, abre e fecha, dependendo da situação de cada momento. Feliz Natal.

  11. suely m pfeifer
    suely m pfeifer

    muito bom seu texto .. 50% sem esgoto e saude publica em frangalhos mostra bem a realidade … o confinamento nunca foi para salvar as pessoas .. foi para salvar os politicos das cenas dantescas de gente morrendo ás pencas nos corredores dos hospitais em frangalhos ..

  12. Fabricio
    Fabricio

    O Dória não consegue nem se reeleger, imagina ser eleito presidente. Chance ZERO. Foi oportunista (mais uma vez) e fez um monte de besteiras junto com o Covas. Perdeu os votos da direita e não ganhou nenhum da esquerda. Sobrou para ele uns poucos votos da turma do centro (sempre dividida). Em resumo: Ex político.

  13. Joviana Cavaliere Lorentz
    Joviana Cavaliere Lorentz

    Parabéns Guzzo.alias, super parabéns.

  14. miguel Gym
    miguel Gym

    Guzzo sempre equilibrado,pondera bem a balança e mostra os pratos de cada lado. Ficar só com o isolamento,fique em casa e cala a boca,é pouco e passageira como bandeira política para Dória.E o mundo todo já esta se abrindo.Pode evoluir para uma catástrofe,se já não está em andamento.Do outro lado, Bolsonaro tem a abertura para a economia,o tempo e a cloroquina para o medo do vírus.O Fracasso para manter classe média para baixo, sem negócios,sem dinheiro,sem aulas e com fome é visível e será pior.E Bolsonaro tem ainda o “mito”de barrar a quadrilha do PT,além da coragem de enfrentar e destruir Moro que saiu como “traidor”,em baixa,quando esperava alavancar sua candidatura.Um gesto de força com o povo.Não há como negar.Apesar das ponderações de Guzzo,Dória é a melhor opção para reeleiçao do PR.Na verdade do ninho de FHC e Lula,não sai cachorro grande,só vira lata.

  15. Renato
    Renato

    Em minha cidade, no interior do Tocantins, tão logo o sujeito é eleito a vereador, ou prefeito, passa a ter sua saúde e da família bancada pelo dinheiro público, mas em hospitais privados, os melhores possíveis. Não sei se é assim no Brasil inteiro, mas como esperar que entendam os nossos problemas de saúde, se bancamos a saúde deles fora do sistema público? Sequer precisam dar de cara com os eleitores! De uma forma geral, nossos políticos não se sentem parte da população que dizem representar. Acredito que começamos um amadurecimento político que um dia nos permitirá a derrubada de privilégios inaceitáveis. Grande Guzzo!

  16. Marcos De La Penha Chiacchio
    Marcos De La Penha Chiacchio

    Tenho o prazer de não haver gasto meu voto nesse “gestor” de meia tigela. Nem me passa pela cabeça que ele tenha chances reais de se eleger em qualquer outra eleição. Ele é uma farsa.

  17. Rozemeire Silva
    Rozemeire Silva

    Sempre achei o eleitorado Paulista um dos mais realistas do país, mas com a escolha de João Doria que já vinha de um péssimo prefeito para governador do estado, foi um completo tiro no pé, agora já podem se juntar aos Cariocas no quesito péssima escolha.

    1. Sergio Tegon
      Sergio Tegon

      Dória recebeu apenas “voto útil” em SP. Poucos voltariam a votar nele.

  18. Paulo Roberto Farias
    Paulo Roberto Farias

    Aqueles que tem meios para sobreviver sem a obrigação de ir ao trabalho e apoiam o “fechar tudo” logo sentirão o desabastecimento bater em suas portas. Ainda não se produz comida por teletrabalho.

    1. Martha Assumpção De Gennaro
      Martha Assumpção De Gennaro

      gostei da sua frase: AINDA NÃO SE PRODUZ COMIDA POR TELE TRABALHO.

  19. Iramar Benigno Albert Júnior
    Iramar Benigno Albert Júnior

    “Quem passou a se sentir ameaçado, e tem meios para sobreviver sem a obrigação de ir ao trabalho todos os dias, começou a apoiar tudo o que foi apresentado como solução — dos engarrafamentos de trânsito ao fechamento das barbearias. Quem sempre viveu ameaçado só tem pensado numa coisa: como ficar vivo sem ter um tostão no bolso”. Frase genial que simplifica tudo o que passamos nos dias de hoje.

  20. Natan Carvalho Monteiro Nunes
    Natan Carvalho Monteiro Nunes

    Doria é um ditadorzinho enrustido que não está nem um pouco preocupado em salvar vidas. O objetivo é enfraquecer a economia nacional, gerar desemprego em massa e caos social para tentar pavimentar a estrada para sua candidatura em 2022. Todos eles, Doria, Witzel, PT e cia vão se utilizar disso como arma política contra o PR. Ora, mas não foram eles que destroçaram a economia com o #FechaTudo #FicaEmCasa? Sim. Mas não podemos esperar caráter e pudor por parte desses vigaristas. Apesar dos pesares, o povão (a massa que tem que trabalhar de sol a sol p/ levar comida pra casa) identificou quem foram, de fato, os causadores e impulsionadores de toda essa crise. Vão levar a resposta nas urnas. Enquanto o Doria se baseia no que diz a Folha, Globo, Veja etc, o povo se baseia no dia-a-dia, na realidade vivida.

    1. Jéssica Eduarda Nogueira Pinto
      Jéssica Eduarda Nogueira Pinto

      Quanta lucidez em um editorial! Amei os comentários também!

    2. Walter Donizetti Venicio
      Walter Donizetti Venicio

      Guzzo , como sempre, dá aula de jornalismo. Se o Doria fosse um ótimo gestor , e tivesse tido as mesmas decisões do Zema em MG, poderia se sair bem nessa situação, mas optou pelo oportunismo, coisa normal de seu caráter, e, mesmo com toda midia convertida a ele, se se candidatar, nem medalha de bronze ganha. Quanto a saúde pública, há muito tempo, com pt, psdb, mdb, psdb, etc, nunca funcionou não obstante toda verba destinada que é gerida com incompetência, além dos super faturamentos tao comuns na administração pública.

  21. Marcelo Loureiro
    Marcelo Loureiro

    Doria foi usado como bucha de canhão por FHC, o PSDB paulista e a turma do Aécio. Incentivaram esse joguinho contando que ambos, Bolsonaro e Doria, sairiam queimados. Um ego maior que o mundo cegou o gravatinha. Bolsonaro se chamuscou, mas nada grave. Doria tá virando carvão. E a turminha da conspiração não sabe mais como conter a extrema-esquerda que ajudou a despertar. Bando de imbecis. Agora o zumbi resolveu acordar e tentar proibir a hidroxicloroquina. Vai levar uma bala de prata na testa!

    1. Monica Marques
      Monica Marques

      Grande artigo!!
      Parece que realmente esse embate com Bolsonaro propiciou a Dória uma certa simpatia da mídia e de gente mais ã esquerna, mas, ao mesmo tempo, aqueles que eram seus eleitores passaram a nutrir verdadeira repugnância por ele. A imagem de traidor e de pessoa de caráter muito duvidoso cristalizou-se e, para completar, não mostrou nada como o “gestor”, que apregoava ser. Tenho a impressâo que está claro para a maior parte da pop que ele nâo tem comprometimento nenhum com o governo do estado, que usa o cargo como escada. O que ele tem a oferecer? Ser contrário a Bolsonaro? Kkk Acho que ele só perdeu com isso.
      Há um probleminha na ilustração. É meio complicado colocar Dória e Bolsonaro cara a cara.kkk Dória deve bater nos ombros do PR.

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