Um estudo publicado pela revista britânica Nature Immunology, no fim do mês de junho, mostrou que cientistas criaram ratos com o sistema imunológico igual ao do ser humano.
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Laboratórios científicos usam os pequenos mamíferos por serem fáceis de lidar. Além disso, podem ter o material genético facilmente modificado e contam com um metabolismo veloz. A fisiologia também não é muito distinta a dos seres humanos.
A criação desse novo material genético acelera a indústria da saúde. A produção de vacinas e medicamentos são os setores mais beneficiados com o estudo.
Profissionais tentam criar um sistema imunológico parecidos com o do ser humano desde a década de 1980. O estudo permite aprofundar o conhecimento na cura do HIV, por exemplo — que se espalhou mundialmente no período. Nessa época, era comum que os resultados dos estudos ficassem inacabados, pois os animais morriam dias depois do experimento.
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Com o avanço da biotecnologia, os pesquisadores tornaram o sistema imunológico e o microbiota intestinal — flora intestinal — do rato muito semelhante ao do ser humano.
“Ao alavancar a atividade do estrogênio para apoiar a diferenciação de células imunes humanas e a maturação das respostas de anticorpos, os ratos THX fornecem uma plataforma para estudar o sistema imunológico humano e desenvolver vacinas e terapêuticas humanas”, explicam os cientistas, no artigo.
Diminuição do uso de ratos em experimentos científicos
O crescimento das agendas veganas e vegetarianas fez com que o número de testes nesses animais tivesse uma grande queda. O setor dos cosméticos foi um dos que mais diminuiu os testes com ratos.
A indústria farmacêutica, no entanto, ainda é uma das áreas que mais utiliza o animal para experimentos. Algumas iniciativas veganas afirmam que o uso ainda é justificável, pois nenhuma outra alternativa para desenvolver os produtos foi descoberta.
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