Desde o último dia 4 de setembro, por meio das redes sociais, o apresentador Tiago Leifert está promovendo uma campanha de conscientização sobre o retinoblastoma, um tumor ocular que acomete sua filha, Lua, de dois anos, desde 2021.
Depois que o ex-jornalista da TV Globo anunciou a iniciativa, denominada “De Olho nos Olhinhos”, começaram a surgir dúvidas e curiosidades a respeito do retinoblastoma.
O que é o retinoblastoma, doença que acomete a filha do apresentador Tiago Leifert?
O retinoblastoma se desenvolve na retina, localizada na parte posterior do olho. A doença é mais comum em bebês e crianças pequenas, de 0 a 5 anos. Raramente, ela acomete crianças com idade acima de seis anos.
De caráter hereditário ou não, o retinoblastoma ocorre por meio de mutação em um gene cromossomo 13 e pode afetar os dois olhos ou apenas um.
Reflexo branco é o principal sintoma do retinoblastoma
O principal sintoma do retinoblastoma é a leucocoria, presente em 90% dos casos. A leucocoria é um reflexo branco na pupila, conhecido como “reflexo do olho de gato”.
A mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa incide sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz — momento em que as vias ópticas para o centro da visão não se desenvolvem e atrofiam.
Os pais do bebê só vão conseguir notar o reflexo branco causado em razão da leucocoria se o olho da criança estiver sob luz artificial, que é quando a pupila está dilatada. Ou em fotos, quando o flash bate sobre os olhos. Em olhos saudáveis, esse reflexo fica sempre na cor vermelha.
Os outros sintomas comuns do retinoblastoma são: estrabismo; vermelhidão; deformação do globo ocular; baixa visão; e dor ocular.
Importância do diagnóstico precoce
Os especialistas afirmam que é extremamente importante que os pais procurem um médico o quanto antes ao perceberem qualquer anormalidade nos olhos do filho. A observação é fundamental para preservar a visão e a vida da criança diagnosticada com o retinoblastoma, que pode causar cegueira e até levar à morte.
No Brasil, o número de crianças diagnosticadas tardiamente com o problema, quando a doença já está em um estágio avançado, é de cerca de 50% — ou seja, metade dos bebês vítimas do câncer. Se o médicos conseguirem diagnosticar a doença precocemente, as chances de cura do paciente chegam a 100%.
O teste do olhinho é a avaliação médica mais comum para diagnosticar a presença ou não de retinoblastoma nas crianças, que precisam realizá-lo periodicamente desde o nascimento até os cinco anos — faixa etária na qual o câncer se faz mais presente.
O rastreio é simples. Ele detecta qualquer alteração no eixo visual e, em seguida, levanta a suspeita da existência ou não de um tumor, que os oftalmologistas confirmam ou descartam por meio do exame de fundo de olho — que também pode identificar outras doenças, como catarata e glaucoma congênito.
Ultrassonagrafia, tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear completam o diagnóstico.