Políticos foram detidos na última semana em operação da Polícia Federal
As campanhas eleitorais estão permitidas desde a madrugada de domingo 27. No interior de Rondônia, dois candidatos a prefeito começaram essa fase atrás das grades. Respectivamente à frente das prefeituras de Cacoal e Ji-Paraná, Glaucione Maria Rodrigues Neri (MDB) e Marcito Aparecido Pinto (PDT) foram detidos na última sexta-feira, 25. Mesmo presos, eles vão tentar reeleição, pois registraram candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Glaucione e Marcito foram dois dos quatro prefeitos presos preventivamente diante da Reciclagem, operação deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público do Estado de Rondônia. Eles são acusados de participação em esquema de propina. Além da dupla que aparecerá nas urnas nas eleições de 2020, a ação resultou na detenção dos prefeitos de São Francisco do Guaporé (Gislaine Clemente, MDB) e de Rolim de Moura (Luiz Ademir Schock, PSDB). Também encarcerados, Gislaine e Luiz não vão tentar se reeleger.
Presos e candidatos
Em Cacoal, Glaucione brigará para seguir no cargo com a ajuda de sete partidos. Além do MDB, legenda à qual é filiada, a coligação encabeçada por ela conta com outras seis siglas: DEM, Patriota, Solidariedade, PSC, PSL e PTB. Eleita prefeita em 2016, ela declarou na ocasião ter R$ 839 mil em bens. Agora, a declaração da candidata, que está presa preventivamente, mudou de patamar. Ela é, oficialmente, uma milionária, com bens que ficam na casa de R$ 1 milhão.
Candidato à reeleição em Ji-Paraná, Marcito Aparecido Pinto (PDT) também conta com apoio de outros partidos. DEM, PL, PSB, PSD, PSDB e Solidariedade estão coligados com o candidato preso. Assim como a colega de Cacoal, ele ficou mais rico no decorrer dos últimos quatro anos. Em 2016, declarou ter R$ 379 mil em bens. Mas, de acordo com a declaração feita à Justiça Eleitoral em 2020, o patrimônio dele passou a ser avaliado em R$ 488 mil.
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