Na semana passada, vários clientes da plataforma digital tiveram seus dados compartilhados com o Facebook
O aplicativo de videoconferência Zoom tornou-se o queridinho dos norte-americanos e dos ingleses nestes tempos de coronavírus. Para se ter ideia, ele foi classificado como o número um e o número dois nas lojas de tecnologia dos Estados Unidos e do Reino Unido, respectivamente, informa o Financial Times.
No entanto, a empresa proprietária do Zoom foi criticado na semana passada depois de ter enviado para o Facebook uma série de dados sobre os dispositivos de seus usuários. Vale salientar que tal possibilidade não constava nas políticas de privacidade do aplicativo, garante um relatório do site Motherboard.
Depois de a notícia vir à tona, o Zoom publicou uma atualização para remover o software de rastreamento e adicionou esclarecimentos às suas políticas de privacidade.
Entre outras queixas dos usuários está a chamada “Zoombombing”, ou seja, trolls (pessoas que tendem a desestabilizar uma discussão na internet) estão explorando o recurso de compartilhamento de tela do Zoom para disseminar pornografia e opiniões extremistas.
Mesmo antes da ascendência financeira e de popularidade, especialistas em segurança do Vale do Silício levantaram preocupações sobre o aplicativo. No ano passado, o pesquisador de segurança Jonathan Leitschuh descobriu um bug sério na plataforma que permitia que hackers sequestrassem a webcam de um usuário.
Outras pessoas afirmaram estar preocupadas por causa das relações que a empresa proprietária do Zoom tem com a China, o que poderia comprometer a privacidade dos usuários. Ademais, a holding do Zoom possui 17 data centers, incluindo um na China.