Figura proeminente na literatura brasileira moderna, José Lins do Rego Cavalcanti morreu no Rio de Janeiro em 12 de setembro de 1957. Nascido na cidade de Pilar, no Estado da Paraíba, em 3 de junho de 1901, Rego deu início à sua carreira literária com Menino de Engenho (1932).
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Sua primeira obra destacou-se pela representação da vida no Nordeste do Brasil, particularmente o declínio da indústria de cana-de-açúcar. Nas aulas de literatura, José Lins do Rego fica na segunda geração modernista, de 1930.
Os romances de Rego, marcados por uma abordagem regionalista, exploram as transformações sociais e econômicas da região. À época, alguns críticos destacaram a inovação na forma como o autor incorporou o “ritmo oral” em sua narrativa, o que contribuiu para uma nova maneira de contar histórias.
Vida e obra
Em 1926, Rego se estabeleceu em Maceió, onde conviveu com outros escritores influentes da época. Entre eles, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Aurélio Buarque de Holanda. Essa rotina foi importante para o desenvolvimento de sua obra.
Em 1935, Rego mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a colaborar com os Diários Associados e o jornal O Globo, fatos que ampliaram sua influência na cena literária nacional.
Entre os livros publicados por José Lins do Rego estão Doidinho (1933), Bangüê (1934), O Moleque Ricardo (1935), Usina (1936), Pureza (1937), Pedra Bonita (1938), Riacho Doce (1939), Água-mãe (1941), Fogo Morto (1943), Eurídice (1947), Cangaceiros (1953), Histórias da velha Totônia (1936) e Meus Verdes Anos (1956). Este último é um relato de suas memórias.
Confira 5 curiosidades sobre José Lins do Rego
- Ligação com a Política: José Lins do Rego entrou na política como secretário do governo do Estado da Paraíba, em 1935;
- Amizades Literárias: Rego teve uma forte amizade com outros escritores renomados, como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Aurélio Buarque de Holanda. Esses encontros ocorreram especialmente em Maceió;
- Influência na Literatura Regionalista: Ele é frequentemente associado ao movimento regionalista da literatura brasileira, que se concentrou em retratar as condições sociais e econômicas do Nordeste. Algumas obras desse gênero são Menino de Engenho e Fogo Morto;
- Experiência no Jornalismo: Além de escritor, Rego trabalhou como jornalista em vários jornais, incluindo os Diários Associados e O Globo; e
- Adaptação de Obras para o Cinema: Alguns romances de Rego tiveram adaptações para o cinema e para a televisão, como Menino de Engenho.