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Por que Oeste

Nossa marca faz referência ao Ocidente, à civilização que se ergueu com base no valor fundamental da liberdade individual

 

Oeste é uma referência direta ao Ocidente. No Ocidente, ritos aristocráticos ruíram. Hierarquias preestabelecidas e castas estáticas deram lugar ao empreendedorismo, à possibilidade de que o indivíduo tenha liberdade para construir sua própria trajetória com inventividade. Enquanto o leste representa sociedades “prontas” nas quais o cidadão — quase um súdito — é obrigado a se encaixar, o oeste é o território da descoberta, da independência individual, do liberalismo econômico.

 

Outro componente importante no desenvolvimento das sociedades do oeste foram as tradições judaico-cristãs. Elas são a base de um conjunto de códigos sociais tácitos que têm o potencial de assegurar uma certa harmonia nas relações humanas. Valoriza-se o senso de comunidade, a atuação de grupos de pessoas em favor do bem comum independentemente de políticas de Estado. É garantida a liberdade religiosa para praticantes de todos os credos. Há espaço para o contraditório.

 

Ao conjunto de ideias que preconiza o liberalismo econômico e, ao mesmo tempo, respeita essa sabedoria ancestral das tradições, costuma-se denominar “pensamento liberal-conservador”. É essa a linha de pensamento com a qual a Revista Oeste está comprometida.

 

Entre várias alusões históricas, é possível lembrar, por exemplo, os acontecimentos emblemáticos no período pós-Segunda Guerra na Europa do leste ante os fatos memoráveis na faixa oeste do continente. Ou, ainda, o que representava a dissensão entre Berlim Oriental, no leste, e Berlim Ocidental, no oeste. O país mais próspero e a democracia mais sólida do mundo, os Estados Unidos, resultaram da conquista do oeste.

 

Como já mostraram o filósofo britânico Roger Scruton (1944-2020) e o historiador escocês Niall Ferguson — por coincidência, autores de dois livros com títulos parecidos em língua inglesa, publicados respectivamente em 2002 e 2011: The West and the Rest (“O Ocidente e o Resto”) —, as palavras liberdade e verdade caminham de mãos dadas, e não apenas em relação à rima pobre exigida por nosso português. É mais do que isso: são os pilares do vigor do Ocidente. Sem uma, não temos a outra.

 

Como escreveu o incansável andarilho e filósofo transcendentalista norte-americano Henry David Thoreau (1817-1862) em seu livro Andar a Pé: “Às vezes, volteio, irresoluto, durante um quarto de hora, até que me decido, pela milésima vez, pela caminhada para o oeste. Para leste, só vou forçado, mas para oeste vou de boa vontade. No leste, nada tenho que fazer. Custa-me crer que eu possa encontrar lindos panoramas, amplidão absoluta e liberdade por detrás do horizonte oriental”.

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