Para atender ao mercado interno com 1,4 bilhão de consumidores, as empresas da Índia estão de olho na produção de óleo comestível do Brasil. O país asiático o maio importador global desse tipo de produto.
Os principais representantes do setor na Índia fecharam um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. A medida visa facilitar a entrada dos produtos do complexo da soja do Brasil.
Índia e o mercado de óleo comestível
Atualmente, a Índia compra do Brasil por volta de 40% do óleo de soja que importa. A marca coloca o agronegócio nacional como segundo maior fornecedor desse produto ao mercado indiano. O primeiro, até o momento, é a Argentina (50%).
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“É um mercado muito importante para os produtos brasileiros e enxergamos um grande potencial a ser fortalecido”, disse André Nassar, presidente da Abiove. “Na última década, o comércio de óleo de soja entre os dois países cresceu muito e esperamos poder continuar a contribuir para o desenvolvimento deste setor com a troca de experiências e com uma proximidade cada vez maior entre as entidades dos dois países.”
De modo geral, os indianos importam por volta de 15 milhões de toneladas de óleos comestíveis. Cerca de 4 milhões são de soja.
Por sua vez, o Brasil exporta é o segundo maior exportador de óleo de soja do planeta. De acordo com o departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os produtores brasileiros devem embarcar 22 milhões de toneladas do produto em 2024. A Argentina, primeira colocada nesse ranking, deve atingir a marca de 23,4 milhões de toneladas.
Além disso, o agronegócio brasileiro é o maior produtor e exportador de soja do planeta. A colheita local equivale a cerca de 40% da safra global do grão.
Na safra em curso, a produção brasileira do grão deve fechar em 163 milhões de toneladas — sendo que 60% terão o mercado externo como destino.