Ao longo do mês de julho, o Brasil faturou quase US$ 31 bilhões com a venda de produtos a outras nações. Cerca de metade veio com os embarques do agronegócio, mostrando que o setor é o grande impulsionador das exportações do país. Foram US$ 15,4 bilhões somente com esse segmento.
É um valor recorde para o setor no mês. A cifra inclui tanto os produtos in natura, como os grãos de soja, quanto os que dependem de processos industriais, como o açúcar.
As exportações do agronegócio não são somente aquelas de itens enviados da forma que foram colhidos, como as frutas. Existe um complexo industrial que depende do agro para existir. Além do açúcar, esse segmento abrange uma extensa lista de coisas indispensáveis no dia a dia — até mesmo o papel higiênico faz parte dela, algo que depende de plantações de árvores como eucalipto para existir de forma sustentável.
O agronegócio e as exportações da indústria de transformação
Açúcares e melaços, carnes bovinas resfriadas ou congeladas e a celulose para fabricação de papel. Esses três produtos existem graças às matérias-primas geradas no campo, todos eles são, portanto, parte do agronegócio — a trinca ocupa o top 3 de faturamento das exportações da indústria de transformação do Brasil em julho.
Juntos, eles trouxeram US$ 3,9 bilhões ao país. E nenhum deles — e nem mesmo o conjunto formado por todos eles — é o campeão de receitas do setor no mercado externo.
Leia também:
A grande estrela dos embarques do agronegócio brasileiro — e também de todas as exportações do país — é a soja. A venda do grão in natura gerou o faturamento de praticamente US$ 5 bilhões, de acordo com os dados do governo federal. É mais que a receita obtida com os embarques de petróleo (US$ 3,6 bilhões) — ou qualquer outro item comercializado pelo Brasil no mercado internacional.