A Sociedade Esportiva Palmeiras, time de futebol com mais troféus de campeonato nacionais, conseguiu mais um título inédito. Dessa vez a conquista veio com o agronegócio. Trata-se do Selo Energia Verde. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) concede deferência em razão da aquisição de energia elétrica de fontes renováveis.
Para conseguir a certificação, o Palmeiras se comprometeu a comprar 300 quilowatts médio ao longo do ano. De acordo com um comunicado emitido pela Unica na segunda-feira 11, essa energia vem de uma usina que produz eletricidade a partir dos resíduos de cana-de-açúcar.
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Esses resíduos vêm, principalmente, da produção de açúcar e etanol, uma alternativa aos combustíveis fósseis em uso no Brasil desde a década de 1970. O setor é um dos mais proeminentes do agronegócio brasileiros. E o país é o maior produtor de cana-de-açúcar do planeta.
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Origem e aplicação do Selo Energia Verde
O Programa de Certificação de Bioeletricidade é responsável pelo Selo de Energia Verde. A iniciativa ocorre em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — órgão responsável por interligar produtores, distribuidores e consumidores de energia no Brasil.
Criado em 2015, o programa conta com o apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. Atualmente, por volta de 60 usinas podem fornecer energia dentro do programa. Até o fim de 2023, essas empresas devem produzir 12 mil GWh de energia — com essa quantidade é possível atender 6 milhões de residências ao longo de um ano. Além disso, ela corresponde ao dobro da produção energética à carvão no país.
A conquista do Palmeiras
“O Selo Energia Verde demonstra o compromisso do Palmeiras com o meio ambiente e um exemplo de como o esporte pode dar sua contribuição para reduzirmos as emissões de CO2”, disse Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da Unica. “Por ser proveniente de uma fonte renovável, essa energia vai evitar a emissão estimada de 2,5 milhões de toneladas de CO2. Para chegar a essa marca, seria necessário o plantio de 17,3 milhões de árvores ao longo de 20 anos.”